Só falta o estofo
«Se dúvidas houvesse que Rúben Amorim é muito melhor treinador do que o seu congénere do Benfica, elas ficaram dissipadas com o jogo de domingo. A generalidade da crítica assume que o Benfica esteve ausente na primeira parte; eu diria que não jogou, porque o esquema táctico montado pelo Sporting não deixou.
As saídas em progressão destaparam as vulnerabilidades defensivas do Benfica (não é João Mário?) e o jogo só teve um sentido. Foi xeque-mate. É por isso que ainda subsiste este sentimento de frustração de não ter ganho a este acessível Benfica, quando estavam reunidas todas as condições, apoio permanente dos adeptos incluído.
Fomos prejudicados no inenarrável segundo golo do Benfica? Claro que sim. Tivemos azar? Óbvio. Isso tudo não explica, porém, a letargia abdicativa da segunda parte.
A qualidade das equipas é posta à prova tanto no combate à adversidade como na gestão do sucesso e, neste particular, o Sporting não foi competente. A tentação de defender o resultado prevaleceu no subconsciente dos jogadores e essa é uma dimensão de menoridade verdadeiramente inibitória. Este Sporting, mesmo com lacunas no seu plantel e o orçamento mais baixo dos grandes tem potencial para ser campeão. Precisa é estar psicologicamente preparado para ultrapassar inseguranças e verduras que o têm diminuído e esse agora é o papel de Rúben Amorim, ou seja, encarreirar e mentalizar o Sporting para o sucesso.
O madeirame da cadeira de sonho está lá, é de boa cepa, carpintaria sólida de qualidade, só falta o estofo para se transformar no trono onde se sentam os campeões.
Rúben, esta época deixou-me um grande amargo de boca, porque o Sporting mostrou, a espaços, o quanto podia, mas falhou onde e quando não devia e, portanto, ainda convivo mal com estes desfechos.
Rúben, deves-me o próximo campeonato. Vou cobrar, porque ‘you can do it’!»
E vão dois!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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