quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Para memória futura!!!...


A caverna de Ali Babá

«A auditoria às contas do FCPorto é uma orgia de despesismo, de apropriação indevida do dinheiro, do nome, do prestígio, da reputação, da honra, do clube. Os muitos milhões que voaram dos cofres do clube para satisfazer os interesses, os vícios, os prazeres de meia dúzia de pessoas, são a concretização criminosa e muitíssimo real do velho conto de Ali Babá e os 40 ladrões. Da sua caverna, arcas e fortuna roubada.

Num País normal, que se espera que este ainda seja, as pessoas envolvidas deveriam ser severamente punidas. No mundo do futebol mas, sobretudo, na justiça criminal. Não há meias palavras para definir um mundo em que as receitas do clube pagam as viagens de turismo do chefe da claque. Se pagam isso, se pagam as mordomias estivais, o que não teriam pago mais? A extravagância da despesa permite todo o tipo de raciocínio especulativo sobre outros destinos do dinheiro.
Há muito que não se via um retrato tão fiel, tão implacável, sobre uma pornográfica apropriação de coisa alheia. De coisa que não nos pertence mas a que atiramos a mão despudoradamente. E durante muitos anos impunemente.

Tudo à vista de alguma da melhor e mais fina flor da nata portuense, que pactuou anos a fio, até demasiado tarde, com um grupo de bandidos, todos brancos, com elevado nível de instrução, alguns deles, totalmente inseridos na comunidade, declamadores de poesia, animadores de salões sociais, gente acima de qualquer suspeita ao longo de uns bons 40 anos. Apesar, claro, de, volta e meia, meterem os seus verdugos, versão moderna de uma tropa fandanga de capuz enfiado, a perseguir quem não dobrava a espinha ou jogadores e treinadoers tresmalhados.

Sem esquecer as violentíssimas perturbações da ordem pública, não no Martim Moniz mas nas periferias de qualquer estádio, nas estações de serviço das peregrinações tribais, sem sequer serem encostados à parede ou alvo de revista apurada às muitas armas, brancas e outras, que habitualmente transportavam. Enfim, na realidade, os mandantes eram também recebidos em festa no Parlamento e noutros areópagos de celebração dos velhos 40 anos disto.Perante isso, porque não haveriam os hunos de partir a loiça em estações de serviço!? Foi tudo isso e a roubalheira, nos tais 40 anos. E uma imensa cegueira conivente em demasiada gente. Deu nisto.

Para memória futura!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

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