Um todo maior que as partes
«Ao primeiro vislumbre, a versão 2024/2025 do Sporting já apaixona e, tal facto, merece carinhosa análise.
Se nas pré-temporadas, como no início de um qualquer namoro, é certo que sempre haverá beleza que ilude e performance que é sol de pouca dura, há coisas que - desde a génese até à morte - nunca enganam.
Permita-me o leitor que lhe fale do "processo Amorim" enquanto método de formação de planteis, ataque ao mercado, planificação de treinos, evolução nas definições tácticas, motivação de grupos e sedimentação de uma filosofia que a todos estes elementos une.
Em suma, um processo integrado, assente na fidelidade a ideais, com adaptabilidade ao inesperado e, por tal, em permanente reinvenção rumo à felicidade.
Ainda sem o contributo total de peças-chave - como Gyökeres, Hjulmand ou Inácio - e já com as tranquilas despedidas de Coates, Adán e Neto-, o mecanismo opera em harmonia, mesmo que se mudem rodas dentadas de provas dadas e se testem jovens engenhos que nos enchem a boca de água, produto da nossa continuada aposta na formação.
Chegarão lesões, contratações e despedidas. Infortúnios, acasos e ventos adversos, pois é mesmo essa a matéria com que se faz o destino. Todavia, sabendo que o sucesso nunca é certo, vale a pena confiar neste processo.
O Sporting tem um estrutura directiva afinada, uma equipa técnica de excelência, muito talento individual, uma mobilizada onda adepta, mas tem sobretudo um sistema que - tal como um organismo saudável e bem nutrido - se equilibra e regenera.
A maratona é longa e laboriosa, repleta de engenhosas armadilhas e naturais dificuldades, mas antes do tiro de partida, vale a pena laudar o muito de bom que já foi feito antes da competição começar.
Se as opções de hoje são o cinzel que esculpe os sorrisos de amanhã, temos fundados motivos para - com humildade - acreditar. Sorriremos.»
Acredito que sim!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Também.
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