Um título sem mácula, limpinho
«O 20.° título de campeão nacional - os campeões nacionais consideram ter alcançado o 24º, pese embora a FPF continuar a teimar em atribuir títulos de campeões aos vencedores de Ligas Experimentais! - do Sporting foi tão justo quanto incontestável, o que nos anais ficou conhecido como, "limpinho, limpinho". Foi tal a supremacia da equipa de Rúben Amorim ao longo do campeonato,que qualquer outro desfecho seria pura demagogia. Beneficiou de um FC Porto desgastado e de um Benfica cansado. De um dragão sem chama e de uma águia, às vezes, perdida. Amorim, Viana e seus pupilos encheram de felicidade os sportinguistas. Mas fica no ar também muito mérito de Varandas e sua direcção. Quase sempre discretos, e normalmente pela sombra, o presidente leonino e seus pares são também artífices desta obra. Suplantaram aquela fase negra que culminou com o ‘ataque à Academia’,para, de seguida,colocarem o grande Sporting novamente nos trilhos. Recuperaram os valores que o emblema de Alvalade demorou mais de um século a consolidar e que estavam em vias de perder. Recuperaram a história e … ajudaram a melhorá-la.
Ganharam dois campeonatos quase de seguida e apontam- se ao terceiro. Devolveram a ilusão à nação leonina. Quando tudo vai mal, os desafios são stressantes. Mas agora que tudo são flores, é bom ter a consciência que os obstáculos não são menores. Desde logo saber que fazer melhor é difícil. Que provavelmente os mais vistosos artistas do título são desejados em todo o lado e podem sair, treinador e até director desportivo incluídos. E que se em finais do próximo Setembro não for em primeiro lugar, uma parte significativa da bancada vai, como em todas as partes, vaiar.
Mas o presidente sabe que tem um treinador único. Rúben revela-se bastante habilidoso na fuga às questões de melindre acentuado e que em alguns casos têm a ver com aspectos que suscitam uma comparação com a concorrência.Todos nós, ao longo destes meses testemunhamos alguém ‘estranhamente’ humano, sempre capaz de assumir as culpas, o que deixava sempre o clube e a estrutura protegidos. Depois construíram a cultura de vencer de forma continuada "com tudo e com todos", ao invés, da outra famosa maneira de ganhar do "contra tudo e contra todos". Qualquer provocação que chegasse ao grupo era rapidamente transformada numa injecção de motivação que pelos vistos em Alvalade até teve, por vezes,direito a recriação. Manter Rúben é o grande desafio deste Verão. É impossível não conotar este título com a brigada escandinava. Gyökeres, Hjulmand e Schmeichel são nórdicos que os leões jamais esquecerão. Este título é também, a grande homenagem a Manuel Fernandes.»
E o 24º voltou a ser, como anteriormente todos os outros...
Sem mácula, limpinho!...
Leoninamente,
Até à próxima
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