quinta-feira, 23 de maio de 2024

Honra e Respeito!!!...


O discurso e a fotografia de Varandas

«Uma fotografia de honra e respeito. Um discurso de liderança e afirmação de um projecto. Frederico Varandas mostrou esta semana de que é feita a transformação do Sporting, depois de ter batido fundo em 2018. Há uma equipa de futebol, uma equipa de gestão, um rumo estratégico, objectivos solidamente competitivos. E há valores, solidariedade, compromisso com a história do clube e os seus ídolos.

O discurso de Varandas na celebração do título, na câmara municipal de Lisboa, e a fotografia do presidente e do goleador Gyokeres a levar a taça ao leito hospitalar de Manuel Fernandes, sintetizam a essência da paixão pelo futebol e por um clube.

A importância social e popular do futebol e dos clubes só faz sentido se forem vividas daquele modo. Respeitando a vinculação a um clube e a uma camisola por razões emocionais, não vivendo, portanto, da vampirização dos seus próprios recursos, não perdendo o caminho num delírio de afirmação caudilhista, não manipulando a história da instituição e da relação com os seus ídolos.

O sucesso do Sporting, em todas as suas dimensões, deixa mais a nu o estado calamitoso dos seus adversários. Ou porque se afundam em buracos financeiros manhosos, que nem respeitam os compromissoes salariais com os trabalhadores, como o que André Villas-Boas está a encontrar no FCPorto. Ou, ainda, porque não conseguem sair da teia enleante dos compromissos espúrios dos seus antecessores, de incompreensíveis canais de circulação de dinheiro e de contratações sem qualquer outro objectivo que não o de adulterar a verdade desportiva, como parece ser o caso do Benfica, antes de Rui Costa.

Num tempo em que mesmo gigantes como o Barcelona se encontram num pântano pastoso, o futebol português deveria pôr os olhos no exemplo de Varandas e do Sporting.

O Barcelona atravessou mais de uma década de sucesso hoje debaixo de forte suspeita de corrupção desportiva pela criação do chamado ‘caso Negreira’. Teve, também, uma gestão entregue aos maiores delírios de um indepentismo radical, que nem velhos símbolos do nacionalismo cultural catalão apoiariam, afirmando-se uma espécie de vítima sociológica e histórica de Madrid. O velho argumento do Sul contra o Norte, como por cá conhecemos. Enfim, quando os clubes se desviam da sua essência e se entregam aos desígnios comerciais das suas SAD, bem como à sua relação com a política ou com outro tipo de interesses, estão a afastar-se dos adeptos e dos valores da agremiação.

O Sporting realinhou o caminho e até conseguiu, aleluia, organizar festas do título bonitas, pacíficas, sem nenhuma rendição a qualquer espécie de guarda pretoriana. Também aí Frederico Varandas ganhou, depois de um caminho das pedras contra os desvios da Juve Leo, em que esteve quase sozinho.»

Honra e Respeito!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

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