Dois penáltis por marcar e um despedimento decidiram o campeonato
Este campeonato ficou decidido no Estádio da Luz, no jogo entre o Benfica e o Sporting, que os encarnados venceram por 2-1, apesar de terem sido dominados durante grande parte dos 90 minutos. E pelo despedimento do treinador do Braga, José Peseiro, na semana seguinte. Eu já explico.
Houvesse videoárbitro a funcionar no dia daquele Benfica-Sporting e outro galo cantaria. Mas o árbitro Jorge Sousa, ao não assinalar duas penalidades a favor do Sporting – e na sequência da primeira, o clube da Luz, num rápido contra-ataque, marcou o primeiro golo – determinou quem seria o campeão este ano.
Já sei que vai cair o Carmo e Trindade por causa desta afirmação. Mas o certo é que o mood leonino mudou a partir daí. Convenhamos que até essa altura havia dois candidatos ao título: Benfica e Sporting. O Porto nunca mostrou estofo de campeão e Nuno Espírito Santo, enredado em várias indefinições, não conseguiu jamais que a sua equipa tivesse o killer instinct que faz os verdadeiros campeões e que matam os jogos quando eles têm de ser mortos e que não desperdiça oportunidades de recuperar pontos quando elas surgem. Foi assim todo o campeonato e, só por isso, o Porto não merece ser campeão.
Voltemos, portanto, a esse dia 11 de dezembro de 2016. Pois bem, depois de uma primeira parte repartida, na segunda parte o Sporting menorizou o Benfica, encostou-o às cordas, fez dele um clube pequeno e de bairro, a defender, defender, defender, o Ederson a voar para aqui, a voar para ali, os adeptos a roer as unhas e em taquicardia, o Bas Dost faz o 1-2 e aí o Benfica entrou em desespero, não conseguia respirar, não saía do seu meio-campo, e o Jorge Sousa a não ver nem as duas mãozinhas do Pizzi, nem o bracinho direito do Nelson Semedo – mas a cinco minutos do final o genial Jorge Jesus tira o Bas Dost e mete o André e finalmente o Benfica descansou; sempre na retranca, mas descansou e depois festejou como se tivesse ganho o campeonato.
E fez bem. Foi lá que o ganhou. O Sporting, em vez de sair um ponto à frente do Benfica se tivesse ganho, saiu com cinco de atraso. E a mossa foi tão grande no estado psicológico dos jogadores do Sporting, o desânimo e o sentimento de injustiça foram tão pesados, como se houvesse forças poderosas que sempre se movem contra o clube nos momentos decisivos, que na semana seguinte a equipa voltou a perder por 0-1, desta vez em casa e contra o Braga, que tinha acabado de despedir José Peseiro, substituído interinamente por Abel Ferreira, que por acaso tinha sido despedido da equipa B do Sporting por Bruno de Carvalho assim que este chegou a Alvalade, que colocou no seu lugar João de Deus, que como se provou é um treinador medíocre, que quase conseguiu colocar a equipa B a descer de divisão, foi despedido, apareceu a treinar o Nacional, que acabou na II divisão.
O futebol nem sempre tem lógica mas há coisas que tem toda a lógica.
Mas depois dos penáltis que Jorge de Sousa não marcou na Luz, a substituição de José Peseiro à frente do Sporting de Braga antes do jogo com o Sporting foi a segunda razão que decidiu o campeonato a favor do Benfica. É que com Peseiro como treinador, o Sporting ganharia com mais ou menos dificuldade ao Braga, atendendo a que Peseiro é conhecido e reconhecido como um magnífico “pé frio”, um homem que sabe muito de futebol mas nunca ganha nada e perde mesmo quando tem tudo a seu favor (Grrrr! Aquela final da Liga Europa perdida em casa com uns russos quaisquer, depois de na semana anterior termos perdido o campeonato na Luz, com um golo do Luisão em falta sobre o Ricardo, ainda me está atravessadíssima!).
Mas logo haviam de despedir o Peseiro antes do Braga jogar com o Sporting e de colocar o Abel Ferreira, que estava ressabiado com o Bruno de Carvalho, a orientar a equipa apenas naquele jogo. E bastou para o Braga nos ganhar em Alvalade por 1-0 – e em vez de cinco pontos de atraso, passámos a ter oito. O campeonato acabou aí para o Sporting, apesar de na segunda volta termos tido uma séria consecutiva de vitórias, culminada com a vergonhosa derrota de domingo contra o Belenenses, em casa e com muitas mulheres e crianças nas bancadas, que ficam desde já traumatizadas para a vida e prontas para a aderir a outro emblema que lhes garanta vitórias.
Resumindo e concluindo, o Benfica ganha este campeonato porque o Porto nunca mostrou que o podia vencer e ao Sporting lhe cortaram as pernas no jogo da Luz. Parabéns, pois, ao Benfica. É um campeão poucochinho, nunca entusiasmou, nunca fez um grande jogo, só tem dois jogadores de classe acima da média, o Jonas e o Ederson, o resto é assim assim e claro que uma equipa que tem como cérebro o Dumbo não pode ser uma grande equipa.
Mas pronto, levem lá a Taça e parabéns ao Rui Vitória, que segue o velho provérbio, segundo o qual se a vida te dá limões, então faz limonadas.
Para o ano cá vos esperamos. Ou melhor, para o ano é que é. Não sei o quê, mas para o ano é que é. Eu pelo menos acredito. E como disse o presidente Bruno de Carvalho, que vai no segundo mandato e que já conseguiu ganhar uma Supertaça, basta! Já não há paciência para tanta desgraça! Para o ano ou isto muda ou mudam os sportinguistas: de treinador – e de presidente! Queremos vitórias.
Estamos sedentos de vitórias. Alguma vitória que nos anime e nos encha de orgulho. Não, não queremos jogar muito bem contra o Real Madrid e perder lá e cá. Não, não queremos jogar muito bem contra o Porto e perder lá por 2-1. Não, não queremos encurralar o Benfica e perder na Luz 2-1. Não, não queremos mais desculpas.
Queremos ganhar, ganhar, ganhar – por nós, pelos nossos filhos, pelos nosso netos, pelos filhos dos nossos netos, pelos nossos avós, pelos nossos bisavós, pelos nossos tetravós. O que é que não perceberam?»
(Nicolau Santos , Opinião, Tribuna Expresso)Este campeonato ficou decidido no Estádio da Luz, no jogo entre o Benfica e o Sporting, que os encarnados venceram por 2-1, apesar de terem sido dominados durante grande parte dos 90 minutos. E pelo despedimento do treinador do Braga, José Peseiro, na semana seguinte. Eu já explico.
Houvesse videoárbitro a funcionar no dia daquele Benfica-Sporting e outro galo cantaria. Mas o árbitro Jorge Sousa, ao não assinalar duas penalidades a favor do Sporting – e na sequência da primeira, o clube da Luz, num rápido contra-ataque, marcou o primeiro golo – determinou quem seria o campeão este ano.
Já sei que vai cair o Carmo e Trindade por causa desta afirmação. Mas o certo é que o mood leonino mudou a partir daí. Convenhamos que até essa altura havia dois candidatos ao título: Benfica e Sporting. O Porto nunca mostrou estofo de campeão e Nuno Espírito Santo, enredado em várias indefinições, não conseguiu jamais que a sua equipa tivesse o killer instinct que faz os verdadeiros campeões e que matam os jogos quando eles têm de ser mortos e que não desperdiça oportunidades de recuperar pontos quando elas surgem. Foi assim todo o campeonato e, só por isso, o Porto não merece ser campeão.
Voltemos, portanto, a esse dia 11 de dezembro de 2016. Pois bem, depois de uma primeira parte repartida, na segunda parte o Sporting menorizou o Benfica, encostou-o às cordas, fez dele um clube pequeno e de bairro, a defender, defender, defender, o Ederson a voar para aqui, a voar para ali, os adeptos a roer as unhas e em taquicardia, o Bas Dost faz o 1-2 e aí o Benfica entrou em desespero, não conseguia respirar, não saía do seu meio-campo, e o Jorge Sousa a não ver nem as duas mãozinhas do Pizzi, nem o bracinho direito do Nelson Semedo – mas a cinco minutos do final o genial Jorge Jesus tira o Bas Dost e mete o André e finalmente o Benfica descansou; sempre na retranca, mas descansou e depois festejou como se tivesse ganho o campeonato.
E fez bem. Foi lá que o ganhou. O Sporting, em vez de sair um ponto à frente do Benfica se tivesse ganho, saiu com cinco de atraso. E a mossa foi tão grande no estado psicológico dos jogadores do Sporting, o desânimo e o sentimento de injustiça foram tão pesados, como se houvesse forças poderosas que sempre se movem contra o clube nos momentos decisivos, que na semana seguinte a equipa voltou a perder por 0-1, desta vez em casa e contra o Braga, que tinha acabado de despedir José Peseiro, substituído interinamente por Abel Ferreira, que por acaso tinha sido despedido da equipa B do Sporting por Bruno de Carvalho assim que este chegou a Alvalade, que colocou no seu lugar João de Deus, que como se provou é um treinador medíocre, que quase conseguiu colocar a equipa B a descer de divisão, foi despedido, apareceu a treinar o Nacional, que acabou na II divisão.
O futebol nem sempre tem lógica mas há coisas que tem toda a lógica.
Mas depois dos penáltis que Jorge de Sousa não marcou na Luz, a substituição de José Peseiro à frente do Sporting de Braga antes do jogo com o Sporting foi a segunda razão que decidiu o campeonato a favor do Benfica. É que com Peseiro como treinador, o Sporting ganharia com mais ou menos dificuldade ao Braga, atendendo a que Peseiro é conhecido e reconhecido como um magnífico “pé frio”, um homem que sabe muito de futebol mas nunca ganha nada e perde mesmo quando tem tudo a seu favor (Grrrr! Aquela final da Liga Europa perdida em casa com uns russos quaisquer, depois de na semana anterior termos perdido o campeonato na Luz, com um golo do Luisão em falta sobre o Ricardo, ainda me está atravessadíssima!).
Mas logo haviam de despedir o Peseiro antes do Braga jogar com o Sporting e de colocar o Abel Ferreira, que estava ressabiado com o Bruno de Carvalho, a orientar a equipa apenas naquele jogo. E bastou para o Braga nos ganhar em Alvalade por 1-0 – e em vez de cinco pontos de atraso, passámos a ter oito. O campeonato acabou aí para o Sporting, apesar de na segunda volta termos tido uma séria consecutiva de vitórias, culminada com a vergonhosa derrota de domingo contra o Belenenses, em casa e com muitas mulheres e crianças nas bancadas, que ficam desde já traumatizadas para a vida e prontas para a aderir a outro emblema que lhes garanta vitórias.
Resumindo e concluindo, o Benfica ganha este campeonato porque o Porto nunca mostrou que o podia vencer e ao Sporting lhe cortaram as pernas no jogo da Luz. Parabéns, pois, ao Benfica. É um campeão poucochinho, nunca entusiasmou, nunca fez um grande jogo, só tem dois jogadores de classe acima da média, o Jonas e o Ederson, o resto é assim assim e claro que uma equipa que tem como cérebro o Dumbo não pode ser uma grande equipa.
Mas pronto, levem lá a Taça e parabéns ao Rui Vitória, que segue o velho provérbio, segundo o qual se a vida te dá limões, então faz limonadas.
Para o ano cá vos esperamos. Ou melhor, para o ano é que é. Não sei o quê, mas para o ano é que é. Eu pelo menos acredito. E como disse o presidente Bruno de Carvalho, que vai no segundo mandato e que já conseguiu ganhar uma Supertaça, basta! Já não há paciência para tanta desgraça! Para o ano ou isto muda ou mudam os sportinguistas: de treinador – e de presidente! Queremos vitórias.
Estamos sedentos de vitórias. Alguma vitória que nos anime e nos encha de orgulho. Não, não queremos jogar muito bem contra o Real Madrid e perder lá e cá. Não, não queremos jogar muito bem contra o Porto e perder lá por 2-1. Não, não queremos encurralar o Benfica e perder na Luz 2-1. Não, não queremos mais desculpas.
Queremos ganhar, ganhar, ganhar – por nós, pelos nossos filhos, pelos nosso netos, pelos filhos dos nossos netos, pelos nossos avós, pelos nossos bisavós, pelos nossos tetravós. O que é que não perceberam?»
Depois do que escreveu Nicolau Santos...
A minha boca não se abre e a minha alma é dos deuses!...
Leoninamente,
Até à próxima
Xiça... FINALMENTE...!!!
ResponderEliminarAlguém no meio comunicacional que diz A VERDADE...!!!
Confesso que já não tinha muita esperança...
O resto... amigos... SÃO TRETA(S)
SAUDAÇÕES LEONINAS
Só não concordo com Nicolau Santos com o que foi o início do descalabro da época. O princípio do fim começou com a pré-epoca, continuou com a derrota de Madrid e as afirmações de Jorge Jesus é acabou sim com o jogo contra o carnidense. Esperemos é que a próxima época não tenha começado já com as tristes palavras do treinador a seguir ao jogo contra o Feirense.
ResponderEliminarS.L.
Leão da Estrela
Acho uma forma muito redutora de avaliar a época do Sporting. Foram cometidos muitos erros de planeamento da época nomeadamente com os jogadores contratados, comunicação e por fim o pior de tudo : o JJ a desmoralizar as nossas tropas cada vez que abria a boca! Infelizmente burro velho não aprende línguas e por isso não espero grandes mudanças para a próxima época! Receio que com o ambiente de pouca aceitação e paciência por parte dos adeptos a situação se vá tornar insustentável!
ResponderEliminarMuita coisa se passou...
ResponderEliminarMas o que o Nicolau Santos afirma...
"Foi o inicio"...da desgraça...!!
Digam lá o que disserem...sem o "colinho ou a cegueira de quem não quis vez muitas vezes..."
Talvez agora "a história dos melões" fosse outra...!!
SL
Amigo Álamo, dp de algum tempo afastada da net, eis que regresso, e ao passar os olhos pelo seu blog, dou de caras com este post de NS, finalmente alguém disse aquilo que sempre considerei, como o ponto viragem que nos roubou o campeonato, a partir daí tudo se alterou enquanto nós foi sempre a descer, o benfica foi sempre a subir, pudera não, afinal toda "a mãozinha que embala o berço" só traz benefícios, não dei, e jamais darei os parabéns ao benfica e olhe que tenho familiares que me são mto queridos que são benfiquistas, e não tive qq problema em lhes dizer cara a cara o que penso sobre o tetra que na minha opinião é a TRETA...
ResponderEliminarSL
Antes do jogo com o Benfica, em 12 jogos o Sporting conquistou 27 (75%) - Empates com Tondelal, Nacional, Guimarães e Tondela; Derrota com o Rio Ave.
ResponderEliminarApós o jogo com o Benfica, nos 12 jogos seguintes, o Sporting conquistou 24 pontos - Empates com Chaves, Marítimo e Guimarães; Derrotas com FC Porto e Braga.
Depois é só fazer o mesmo exercício com a bazófia do JJ em Madrid, e comparar o antes e o depois. E não é preciso ser muito inteligente para ver as coisas como são, nem ser autista ao ponto de mesmo após ter-se pedido o parecer da Uefa acerca dos dois pénaltis na Luz e da opinião ser contrária, continuar-se agarrado a este baluarte...