O novo Alex Ferguson
«Lembram-se daquele mantra de Rúben Amorim na altura em que felizmente para a nação leonina aterrou em Alvalade? "E se corre bem?". Sabemos hoje que correu excepcionalmente bem, agora imaginem que no jogo com os seus futuros rivais do City as coisas não saíam bem. Como ficaria a entrada de um dos melhores treinadores da história do Sporting em Old Trafford?
Pois é, não correu bem, foi melhor, um recital esmagador da sua sapiência táctica e de como construiu uma armada de betão, plenamente unida em torno do seu líder que vê, naturalmente, com tristeza partir, pois havia uma unívoca comunhão de compromisso para que o Sporting tivesse uma couraça de invencibilidade para todos os objectivos da temporada. O arraso a Guardiola deixa em polvorosa a cidade de Manchester e uma enorme esperança nos adeptos do United que anseiam por um clube ‘great again’ como nos tempos áureos de Alex Ferguson.
Ora, podem contar com um novo líder forte, capaz de unir o balneário, que sabe tudo do jogo e com a sonoridade mais eficaz de um rouxinol da comunicação nas conferências de imprensa. É ali que vai começar a batalha. Não esperem um novo José Mourinho, aguardem por um Rúben Amorim com as suas idiossincrasias, mais próximo do que foi o grande timoneiro escocês que um dia veio do Aberdeen.
Aquela despedida em Alvalade, com a família sportinguista agradecida ao treinador que encheu as bancadas de alegria, apesar de quem tenha todo o direito de criticar a sua saída nesta altura da época, prova que o Sporting é um clube ímpar, que honra quem o respeitou e honrou apesar de todos saberem ser adepto do maior rival. É caso evidente para todos perceberem que o que conta é o profissionalismo. Também um dia o Benfica recebeu um sportinguista que marcou definitivamente a gestão desportiva em Portugal, foi Domingos Soares de Oliveira. Pois aprendam e guardem isso na memória. Quem vem para trabalhar, vem para ganhar, não é nenhum cavalo de Tróia do inimigo.
Agora irá entrar João Pereira. Também passou pelo Benfica, era o craque da Meia Laranja (zona do Casal Ventoso onde nasceu) quando se começou a afirmar nos encarnados. Tem muitos anos de Sporting, conhece a sua identidade e tem seguido a cartilha no treino e modelo de Rúben Amorim. Escolher nesta altura do campeonato um novo treinador com outros métodos e ideia de jogo numa altura em que a equipa está a engrenar na perfeição era risco elevado. Todos os sonhos e objectivos para esta temporada estão ao seu alcance. Tem uma estrutura sólida, o clube está pacificado, a saúde financeira está boa, os adeptos estão apaixonados. Vamos ver o que vale, no momento em que o mais importante é dizer: obrigado, Rúben Amorim.»
João (e se corre bem?!...) Pereira!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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