terça-feira, 6 de maio de 2025

A "taberna mediática" faz-nos rir!!!...

 

Campeões da Taberna, o Rui Borges está carregado de razão!

«Rui Borges teve a ousadia de dizer uma verdade: se o Gil Vicente tivesse jogado com a mesma entrega e organização ao longo da época, como o fez frente ao Sporting, já estaria longe na luta pela manutenção. Foi directo, honesto e justo — tudo aquilo que o comentário desportivo parece não tolerar... ao "labrego" do Rui Borges.

Eu, que ao contrário da esmagadora maioria dos comentadores profissionais das nossas televisões e jornais, por via do meu trabalho, assisti no estádio a vários jogos do Gil Vicente, e não apenas aqueles em que a equipa de Barcelos defrontou os grandes, deixo aqui o meu testemunho e total concordância com o comentário de Rui Borges. Após o excelente trabalho na direcção desportiva por parte de Tiago Lenho, este Gil tinha plantel para ter feito uma temporada bem mais descansada, e se não o fez, foi porque em alguns jogos, os quais tive a infelicidade de ser obrigado a assistir, os gilistas nunca passaram da 4.ª!

Ao contrário da maioria dos comentadores que apenas conhecem, e de sofá, os plantéis e as pequenas histórias dos ditos "Grandes", Rui Borges sabe do que fala! Antes de treinar o Sporting treinou o Vitória em Guimarães que é mesmo ali ao lado. Quem conhece as dinâmicas sociais do futebol minhoto sabe que os jogadores, e equipas técnicas, os dirigentes, empresários, e as suas famílias, frequentam todos os mesmos restaurantes e vivem nos mesmos condomínios. Rui Borges saberá muito mais do que se passa, ou passou, no balneário do Gil Vicente durante esta temporada, do que a Sofia Oliveira, ou por exemplo o Luís Aguilar, ou qualquer outro comentador de Lisboa. Ou do que eu próprio até!

Em vez de o aplaudirem pela lucidez — até insuspeitos de filiação benfiquista — viram ali a sua oportunidade. Não para defenderem o futebol, a verdade, e muito menos a paz desportiva, mas sim para acharem-se nas boas graças do universo benfiquista em vésperas de derby. Porque em Portugal, quem vive do comentário desportivo sabe que desagradar à Luz é meio caminho andado para ser empurrado para a sombra. E para marcar mais uns pontos junto de 6 milhões de potenciais consumidores dos seus conteúdos, parece valer quase tudo: indignações selectivas, moralismos de ocasião, e até complexos de superioridade.

E o "taberneiro" é o Rui Borges!?

Não seria agora legítimo a Rui Borges ripostar que, pela importância que conquistou na esfera pública, o comentário desportivo é ao dia de hoje um meio ébrio de poder e de protagonismo?

Chamar "labrego" ao treinador do líder do campeonato porque este fez uma avaliação de desempenho de uma equipa adversária!?

De que forma se acha moralmente, ou até culturalmente, superior ao treinador do Sporting?!

Sofia Oliveira deve um pedido de desculpas a Rui Borges!

Dizem ser desejável “baixar a tensão” antes do dérbi, mas são precisamente comentários como estes incendeiam os ânimos.

Chamar "labrego" e "taberneiro" a um dos treinadores das equipas que se vão defrontar no próximo sábado passa em muito os limites do admissível.

A gritar moderação enquanto lançam lenha para a fogueira. São eles, e não Rui Borges, os verdadeiros incendiários do clima pré "jogo do título"

Mas isto não é novo. Em Portugal, a coragem de dizer a verdade só é tolerada quando serve às audiências certas. O resto é triturado em directo, entre gritarias fingidas e indignações coreografadas. O futebol, esse, se foi bem ou mal jogado, que se lixe.

Na Liga Portugal das redes sociais, os verdadeiros campeões não estão no relvado. Estão na taberna mediática, de microfone em riste mas de espinha dobrada.

Rui Borges só teve a coragem de dizer aquilo que eu mesmo pensei vezes sem conta ao assistir ao jogo em Alvalade: "- Se este Gil tivesse jogado sempre assim, estaria bem mais acima na tabela classificativa!"»

A "taberna mediática" faz-nos rir!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

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