A DIFERENÇA ESTÁ EM ADRIEN
«No futebol, por muitas voltas que se dê, o problema e a solução encontra-se sempre nos golos. Nos que se marcam ou não, nos que se sofrem ou não. Diz-se que o Sporting atravessa um momento de crise porque ganhou apenas um dos cinco jogos de outubro (Famalicão, na Taça de Portugal) e por força dos dois zeros desta semana atribuem-se responsabilidades maiores ao setor ofensivo. Desde logo, se um ‘grande’ ganha apenas um em cinco jogos é claro que pode falar-se em crise. Mas discordo que a ‘culpa’ seja do ataque.
Se colocarmos os números em perspectiva concluímos que estamos a ver mal a questão. Deixemos de lado aquilo que não se pode comparar (Liga dos Campeões com Liga Europa) e centremos atenções nos jogos da Liga, os primeiros nove de há um ano com aqueles que já se realizaram esta época. Em 2015/16, a equipa de Jesus marcou 18 golos (Slimani, 6; Teo, 3), este ano fez 17 (Bas Dost, 4; Slimani, 1; André, 1; Markovic, 1). A diferença justifica os cinco pontos a menos que os leões somam? Claro que não, até porque num e noutro campeonato, a equipa teve um 0-0 em cada (Boavista, 15/16; Nacional, 16/17). Vejamos agora o número de golos sofridos: cinco há um ano, 10 na atual temporada! Sim, é aqui que reside a explicação. Porque em 15/16 apenas um golo contra custou pontos (empate com o Paços de Ferreira), enquanto na presente edição da Liga os golos encaixados originaram uma derrota (1-3 em Vila do Conde) e dois empates (3-3 em Guimarães; 1-1 com o Tondela).
Nenhum jogador faz uma equipa. Mas há alguns que fazem demasiada diferença. A primeira ideia é de Adrien e expressou-a em Dortmund. A segunda é minha. O capitão saiu lesionado do relvado de Guimarães ainda na primeira parte, com os leões a ganhar 1-0. Na segunda, a partir do banco, viu os vimaranenses marcarem três golos. O Sporting perdeu seis pontos enquanto não teve Adrien, precisamente nos últimos três desafios. Querem uma conclusão simples? É esta: nos 539 minutos em que teve Adrien, Jesus viu a equipa marcar 13 golos e sofrer quatro: nos 271 de ausência do capitão, marcou quatro e sofreu seis. Com Adrien, o Sporting marca a cada 41 minutos e sofre a cada 135; sem ele, faz golo a cada 67 minutos e sofre... a cada 45!»
«No futebol, por muitas voltas que se dê, o problema e a solução encontra-se sempre nos golos. Nos que se marcam ou não, nos que se sofrem ou não. Diz-se que o Sporting atravessa um momento de crise porque ganhou apenas um dos cinco jogos de outubro (Famalicão, na Taça de Portugal) e por força dos dois zeros desta semana atribuem-se responsabilidades maiores ao setor ofensivo. Desde logo, se um ‘grande’ ganha apenas um em cinco jogos é claro que pode falar-se em crise. Mas discordo que a ‘culpa’ seja do ataque.
Se colocarmos os números em perspectiva concluímos que estamos a ver mal a questão. Deixemos de lado aquilo que não se pode comparar (Liga dos Campeões com Liga Europa) e centremos atenções nos jogos da Liga, os primeiros nove de há um ano com aqueles que já se realizaram esta época. Em 2015/16, a equipa de Jesus marcou 18 golos (Slimani, 6; Teo, 3), este ano fez 17 (Bas Dost, 4; Slimani, 1; André, 1; Markovic, 1). A diferença justifica os cinco pontos a menos que os leões somam? Claro que não, até porque num e noutro campeonato, a equipa teve um 0-0 em cada (Boavista, 15/16; Nacional, 16/17). Vejamos agora o número de golos sofridos: cinco há um ano, 10 na atual temporada! Sim, é aqui que reside a explicação. Porque em 15/16 apenas um golo contra custou pontos (empate com o Paços de Ferreira), enquanto na presente edição da Liga os golos encaixados originaram uma derrota (1-3 em Vila do Conde) e dois empates (3-3 em Guimarães; 1-1 com o Tondela).
Nenhum jogador faz uma equipa. Mas há alguns que fazem demasiada diferença. A primeira ideia é de Adrien e expressou-a em Dortmund. A segunda é minha. O capitão saiu lesionado do relvado de Guimarães ainda na primeira parte, com os leões a ganhar 1-0. Na segunda, a partir do banco, viu os vimaranenses marcarem três golos. O Sporting perdeu seis pontos enquanto não teve Adrien, precisamente nos últimos três desafios. Querem uma conclusão simples? É esta: nos 539 minutos em que teve Adrien, Jesus viu a equipa marcar 13 golos e sofrer quatro: nos 271 de ausência do capitão, marcou quatro e sofreu seis. Com Adrien, o Sporting marca a cada 41 minutos e sofre a cada 135; sem ele, faz golo a cada 67 minutos e sofre... a cada 45!»
Contra factos... e números, não há argumentos! Os factos e números da "crise do Sporting e de JJ" surgem irrefutáveis e incontornáveis nesta simples mas elucidativa crónica de José Ribeiro.
Bem vindo Adrien e que a sorte te proteja!...
Leoninamente,
Até sempre, Sporting Sempre!...
Não é isso que o mestre fez constar- a diferença está no treinador Jorge Jesus, não está no plantel, nem nos seus jogadores.
ResponderEliminarAcho muito perigoso que uma equipa dependa de um jogador, nem que se chame Messi.
Pois, compreendi perfeitamente!...
EliminarAdrien não é só o fiel da balança defensiva; é, também, uma voz de comando e a "voz" do treinador...
ResponderEliminarNotou-se em Dortmund: a equipa, que até nem vinha jogando nada mal, melhorou.
...mas há quem diga que não acerta um passe, que não sabe rematar, que comete muitas faltas, que etc, etc, etc, e por aí adiante- "deixá-los falá-los", que os números não mentem.
Boa sorte, capitão, que possas cumprir cada minuto de cada jogo nos próximos sete anos. De Rampante ao peito!
Ámen!...
EliminarSL