Sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol decorreu ontem uma reunião magna em que estiveram presentes os representantes máximos daquela entidade, da Liga de Clubes e de praticamente todos as sociedades desportivas e Clubes do nosso principal campeonato.
O encontro, ao que se sabe, terá decorrido à porta fechada na Cidade do Futebol, em Oeiras, terá durado pouco menos de três horas e foi dirigido por Fernando Gomes, presidente da FPF, contando ainda com Pedro Proença, seu homólogo da Liga, e os três "grandes": FC Porto, Benfica e Sporting. Em cima da mesa terão estado todas as questões relacionadas com a competitividade externa das equipas portuguesas, com a FPF a apresentar aos clubes um estudo realizado nos últimos três meses, que compara Portugal com países de ranking idêntico na UEFA e que prevê poderem resultar dois impactos. No primeiro caso, na eventualidade de virem a poder ser consensualizadas intervenções a curto e a médio prazo e no segundo, caso se mantenha o actual modelo organizativo.
Da reunião magna terá mesmo saído luz verde para, até Agosto, os clubes e a Liga estudarem com profundidade os impactos previstos e, nessa altura, existir uma decisão no sentido de criar um inédito plano, a médio e longo prazo, para o futebol português, que actue em quatro áreas:
1 - Reorganização das competições no sentido de diminuir o número de jogos;
2 - Regulamentação de modo a promover os jogadores formados localmente;
3 - Promoção de iniciativas no sentido de substanciais alterações na frente fiscal, tanto em sede de IVA, IRS e IRC, quanto da diminuição dos custos dos seguros;
4 - Introdução de um modelo de redistribuição financeira mais solidária, do género da holandesa, em que os clubes que geram mais receitas contribuem de modo a que seja mantido e mesmo melhorado o equilíbrio competitivo nas provas nacionais.
Apesar de não constar da ordem dos trabalhos e do clima de cordialidade aparentemente verificado, terá sido levemente abordada a questão da centralização dos direitos televisivos da I Liga, tudo apontando para que nos próximas tempos não se verifique qualquer alteração do "status quo" bem conhecido de todos.
E por entre os pingos da chuva de interesses instalados e da proverbial "inércia à portuguesa"...
Será melhor esperar sentado!...
Leoninamente,
Até à próxima
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