Caos
«O VAR falhou ridiculamente no tema Matheus Reis. Pode não ter havido intenção, porém, é óbvio que se justificava o vermelho. Perdeu o Benfica a Taça de Portugal por causa disso? Não. Claudicou depois de um domínio intenso porque Bruno Lage se acobardou e começou a fazer substituições para defender a vantagem. Na Luz apontem as baterias ao treinador que tropeçou na conquista dos objectivos. E tem de se questionar: quantos anos passaram os sportinguistas a ver a verdade desportiva desvirtuada sob a batuta de Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira? Foram 40 anos. Acabou, disse bem Frederico Varandas.
Soa cómico o desfalecimento institucional de Rui Costa nos ataques ao poder do futebol e arbitragens após uma época miserável, em que se investiu à fartazana para ganhar tudo e apenas recolheram uma taça Lucília Baptista. O presidente do Benfica pode ter motivos para resmungar, mas esta época o Sporting foi melhor. E só não foi rolo compressor porque Ruben Amorim partiu para Manchester e se perdeu perigosamente tempo a brincar aos treinadores com João Pereira.
Rui Costa tem de olhar para o umbigo. O pecado original desta temporada, aconteceu com a reiterada confiança do maestro genial da camisa 10 em Roger Schmidt, quando todos já tinham percebido que o alemão não compreendeu a grandeza do Benfica e já tinha terminado o seu ciclo. Agora, é evidente que quer continuar no poder e usou a bomba atómica que gera o caos contra o sistema , como remanescente trunfo para agregar a família benfiquista. Chutando também na questão da centralização dos direitos televisivos que até agora - segundo Reinaldo Teixeira - não teve qualquer proposta de compra.
Não sei se isto basta para vencer o próximo acto eleitoral. Noronha Lopes e mais um punhado de candidatos estão na sua sombra, importa observar que projectos metem em cima da mesa e não apenas uma lista de notáveis ou um treinador sonante para agradar às bancadas. É preciso uma ideia global para evitar o declínio, liderança forte e gestão qualificada. O Benfica é muito apetecível para desempregados e vencidos da vida, cabe aos candidatos à presidência rodearem-se bem, depois os associados serão soberanos. E também seria útil que Rui Costa, se quer sobreviver, desse claros sinais de que aprendeu a liderar (mas nisso tenho as minhas dúvidas) e não se restringisse apenas a bravatas contra Pedro Proença. Isso é muito poucochinho.»
Leoninamente,
Até à próxima
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