Foi pena!
«Por margem escassa não foram atingidos os pressupostos que permitiriam a implementação do voto à distância nos estatutos do Sporting.
Confesso que, como defensor desde há muito, desta medida, fiquei com a amarga sensação de termos passado ao lado de uma oportunidade histórica de inovar, como já fizemos muitas vezes no passado.
Vários factores terão contribuído para este desfecho.
Em primeiro lugar, a pouca mobilização, traduzida no reduzido número de sócios que se deram ao trabalho de ir votar. À laia de consolação, diga-se que também não ficaria inteiramente satisfeito, se uma medida deste alcance fosse aprovada por tão poucos sócios, embora por uma maioria tão confortável.
Em segundo lugar, o pouco esclarecimento. Fiquei perplexo como se misturavam amiúde duas realidades diferentes, qual seja, confundir o mérito de um voto alargado, com a sua fiscalização. Penso que um dos pontos a rectificar pela Direcção do Sporting, será apresentar aos sócios contributos que os levem a acreditar na fiabilidade do sistema.
Em terceiro lugar, a pouca discussão, o que é singular num clube como o Sporting, onde existe uma cultura tão arreigada de debate e confronto de ideias. Não me lembro de ver, por exemplo, a Sporting TV a pegar no assunto, como seria mais que natural.
As coisas são o que são e não o que queremos que sejam e não valerá a pena estar agora a sublimar frustrações ou apontar responsáveis. Os sócios são soberanos e decidiram, embora tenham dado um sinal inequívoco de adesão a esta medida.
Já ouvi dizer que o tema iria ser revisitado e estou de acordo, porque acredito no seu enorme potencial inclusivo e congregador dos sócios, eliminando distâncias e limitações.
Levo este resultado não à conta de um adeus, mas de um até já. O voto à distância vai ser o caminho do futuro, não só do Sporting, mas de todas as instituições que possuam dispersão territorial significativa.
E claro, espírito democrático e livre!»
Até já!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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