«Confesso que a calma de Carlo Ancelotti no banco, apenas adornada com a ferocidade com que masca pastilha elástica, me faz lembrar a personagem "cool" e aparentemente sem qualquer tensão de Jason Bateman no meio de verdadeiros tornados emocionais, familiares e de negócios da fabulosa série "Ozark". O mundo pode estar a desabar em seu redor, mas o italiano é o que enfrenta o caos com a sobriedade e frieza de uma rocha granítica.
No fim-de-semana tornou-se o primeiro treinador a ganhar campeonatos nos "Big Five" com Milan, Chelsea, PSG, Bayern e Real Madrid. É um feito para o museu da eternidade. Ancelotti nunca foi espectacular nem nenhum mago da comunicação, é apenas um campeão. Em 2013 dizia: "não sou um pai, mas sim amigo e psicólogo". E foi com esta postura que decidiu escutar os jogadores e confiar nos pesos-pesados do balneário para impor a sua liderança.
Na quarta-feira chamaram-lhe milagreiro depois da remontada da Champions, porém, aí teve ajuda. A da liturgia do "madridismo", da paixão da "afición" e da força de um estádio mítico habituado às grandes noites europeias. O génio de Pep Guardiola soçobrou com a pressão alta de Ancelotti para evitar a pedra filosofal da posse da bola do técnico do Manchester City que não consegue uma vez mais chegar ao seu Eldorado.
A História devorou o infindável capital árabe. O emblema aristocrata recheado de títulos esmagou o "novo-riquismo" do "wannabe". Quando os "citizens" entraram no prolongamento, no subconsciente já estavam derrotados. Ancelotti após o jogo explicou o que esteve na base do dito milagre: "se tiver de explicar porquê, é pela história deste clube que nos ajuda a insistir quando parece que está tudo perdido". Palavra de milagreiro.
O aprendiz chama-se João Paulo Correia que começou o seu percurso como Secretário de Estado do Desporto sem perceber uma coisa simples: quem tutela o Desporto é ele e não instituições ou clubes. Ponto. Logo, tem todo o direito de almoçar com quem quiser mas devia fazê-lo convidando para a sua casa e não ir a correr subserviente a casa dos outros. Porque, depois do magistério de um banana para esta pasta de nome João Paulo Rebelo, era bom que o novel governante entendesse que não é ele que está cá em baixo a olhar para o pedestal onde moram Liga, FPF, FC Porto, Benfica ou Sporting. Assim, para tratar todos em pé de igualdade julgo que deverá estar a preparar-se para ir visitar águias e leões, tal como fez com os dragões. Pois aí deixo uma sugestão: Rui Costa e Frederico Varandas devem conhecer o novo ministro e dialogar com ele, mas que aceitem o convite no seu Ministério. Que sejam eles para já a ir à tutela para os dois presidentes ensinarem ao secretário de Estado quem tutela o Desporto.»
Um fazia "boquinhas" e perdeu-se miserável e desgraçadamente pelo caminho! Outro, parece nada ter aprendido com o antecessor e resolveu entrar de "bocarra aberta e sorriso largo", muito particularmente para quem amanhã porventura lhe pedirá o impossível! Quem sabe se arriar as calças!...
Estava mesmo a pedi-las o novo Secretário de Estado!...
Leoninamente,
Até à próxima
Mas estavam à espera de quê? É somente um presidente da junta de uma freguesia de Gaia, onde se encontra o Olival. Tinha de ir ao beija mão ao padrinho, como se faz na Calábria, não é verdade? Parafraseando um dos talibãs do Porto Canal ( Bernardino Barros ) tudo nos conformes.
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