No banco, ao menos salvou a imagem |
Aí está a primeira final da história entre duas equipas alemãs, na Liga dos Campeões. O saldo desta meia final traduziu-se em três enormes banhos de bola dados pelas equipas germânicas aos dois maiores colossos espanhóis. A superioridade teutónica alargou-se desta vez, aos mais importantes aspectos do jogo. Em termos técnicos, tácticos, velocidade e organização de jogo, as equipas espanholas ficaram a anos luz dos justos finalistas da CL deste ano, que acabaram por evidenciar o avanço avassalador que os alemães conquistaram nos últimos anos, em termos de metodologia de treino.
Os espanhóis parece terem ficado "a dormir à sombra das bananeiras" do "tiki-taka" catalão e do génio de José Mourinho. O modelo do Barça parece caminhar, como todos os grandes impérios, para o fim inexorável que se começou a adivinhar com a saída de Pepe Guardiola. José Mourinho foi traído pela tremenda e histórica dor de cotovelo espanhola, face ao nunca bem digerido génio de um "tuga", de quem se proclamam "hermanos", mas que de forma chauvinista odeiam até à raíz dos cabelos e a quem não perdoam nem nunca vão perdoar um sucesso que "no habla español".
Aí está o futebol europeu, dominado de novo pelo inteligência e capacidade de trabalho dos alemães. Isso sim, isso é que a história vai registar. E não o culto catalão de uma fama que depois se deixou adormecer, ou o culto dos egos que destruíram os "blancos" e quase arrastaram José Mourinho para o desespero de uma fuga inimaginável há poucos anos atrás.
Duas lições tremendas para todos aqueles que cá pela lusa pátria, se vão entretendo com o controlo da arbitragem e outros controlos menos visíveis, pouco se importando com o progresso e a evolução qualitativa e organizacional do futebol, com o progressivo afastamento dos estádios dos amantes da modalidade e com o definhamento e até morte, de uma parte importante dos clubes nacionais.
Continuem na senda dos alargamentos! Continuem a falsificar provas documentais de uma saúde financeira dos clubes, que só existe na cabeça de quem as apresenta e no semicerrar de olhos de quem as aceita. Continuem fechando os olhos a "capelas, lucílios, xistras e paixões". Continuem a abrir a porta a todo o gato sapato sul-americano e africano e a ostracizar toda uma juventude portuguesa que ama o futebol. Continuem assim que, como diria o outro, hão-de ir longe, muito longe! No futebol, como na política geral do país! Depois admiram-se de sermos governados por "troikas"!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Excelente post. Parabéns. Texto bem superior a muitos dos comentários escritos por inúmeros jornalistas de meia-tigela que andam por aí sem saber o que escrever e quando o fazem dá logo vontade de usar o papel impresso para outros fins!
ResponderEliminarSL
Amigo Juba,
EliminarObrigado pelos elogios e pela comunhão de pontos de vista.
Vamos fazendo o que podemos e sabemos. No futebol, no desporto em geral e noutras áreas. Talvez um dia as pessoas válidas em Portugal, acordem e façam qualquer coisa de melhor. Como Mário Sacramento tanto pediu e nos deixou em testamento: "Façam um mundo melhor ouviram, não me obriguem a voltar cá!..."
Abraço e SL
Caro Álamo,
ResponderEliminarO teu último parágrafo traça a imagem perfeita do futebol português e a razão para nunca conseguirmos vir a ter o sucesso que os modelos espanhol e alemão têm neste momento em quase todas as modalidades.
Ao Sporting cabe neste momento o papel de formador e principal fornecedor de jogadores da selecção nacional, o que por si só já é um motivo de orgulho.
Caberá ao nosso Sporting saber crescer enquanto equipa, estabilizar o passivo e tornar-se a melhor equipa portuguesa dentro de 3 a 4 anos, altura em que a situação financeira de Benfica e Porto será bem pior enquanto a nossa estará, espero eu, estabilizada.
SL
José
Caro José,
EliminarPoderei naturalmente enganar-me e as esperanças que deposito na equipa que dirige hoje o Sporting, não se venham a concretizar. Mas anima-me uma fé quase tão grande como a grandeza do clube que amamos.
Revejo-me no último parágrafo do teu comentário, que aponta o exacto caminho que todos os sportinguistas deverão não esquecer nunca: dar tempo, baixar de imediato o grau de exigência e esperar 3 ou 4 anos para que em passos seguros o Clube volte a ser o que já foi! Todos juntos, todos unidos e todos a fazerem um esforço grande e consciente para não ficarmos nos 100 mil sócios. É necessário trabalhar agora para os 200 mil. Um Clube com mais de 3 milhões de adeptos, não pode ficar comodamente instalado numa massa associada quase ridícula, quando comparada com outros clubes e esperar que milagres aconteçam.
Olhemos para o Borússia: enchem o estádio em todos os jogos e começam agora a ser "gente grande" e a colher os benefícios da sua paixão e consciência colectiva.
O Sporting, enquanto não chegar aos 200 mil sócios, nunca sairá de uma vida modesta. Se queremos vê-lo no mais alto patamar, temos que ser sócios amantes, presentes e dedicados.
Abraço e SL