sábado, 31 de março de 2012

E esta hem ?!... Porque será ?!...

In Record
As imagens foram claras e inequívocas. A violência do lance inaudita e nem sequer oferece discussão. A intencionalidade é demasiado evidente para qualquer espírito isento e bem formado. A sanção disciplinar aplicada pelo árbitro, um oásis de assertividade, no deserto da mediocridade e não só, da causa arbitral portuguesa. A pena aplicada, absolutamente conforme com aquilo que sobre a matéria está regulamentado. Mas as malhas que o "império" tece, vão estrangulando o "insecto", volúvel, instável e imprevidente e é muito provável que acabem por lhe causar a morte!...
É o futebol português no máximo da sua ridícula expressão. Quem duvidar leia isto!
Ainda hei-de assistir à despenalização do rapaz, cuja categoria não se discute, mas que teve um gesto que nem os adeptos benfiquistas mais lúcidos e isentos estarão na disposição de branquear. Mas não há impossíveis para o poder instalado no Benfica, desde que Aimar esteja disponível para jogar contra o Sporting em Alvalade. Porque será?!...

Leoninamente,
Até à próxima

sexta-feira, 30 de março de 2012

Civilizadamente, de luva branca !...

A vitória do Sporting sobre os ucranianos do Metalist, permitiu a Portugal consolidar a sua posição no "ranking" de coeficientes da UEFA, como aqui poderá ser apreciado, com tudo o que isso significa para as equipas portuguesas nas competições europeias.
Mais uma bofetada de luva branca dada pela instituição mais titulada do país, que continua a ser tratada de forma discriminatória, parcial e provocatória, como um parente pobre do desporto luso.
São as instâncias federativas específicas de cada uma das componentes que fazem do Sporting o campeão incontestado de um ecletismo ímpar, a perseguir em cada dia objectivos inconfessáveis, em indigno atropelo do respeito que a instituição lhes deveria merecer.
São as acções corporativas, persistentemente criminosas, declaradamente prepotentes e provocatoriamente violadoras dos preceitos constitucionais da APAF e outras estruturas afins, seja no futebol profissional seja na formação ou em quaisquer outras modalidades.
E são, finalmente, as generalizadas e sistemáticas violações cometidas por toda a CS, específica ou generalista, em papel ou através da rádio e da televisão. em todos os processos desportivos em que conste o nome do Sporting. O último e acabado exemplo pode ser conferido com duas locais do jornal Record, posteriores aos jogos disputados pelo Benfica e Sporting nestas últimas 3ª e 5ª feiras. Enquanto a derrota que o Benfica sofreu em casa com o Chelsea, deixa a eliminatória em aberto, a vitória do Sporting aconteceu com um golo muito perigoso que pode colocar a eliminatória em risco. As derrotas de uns conferem-lhes possibilidades. As vitórias do Sporting constituem perigosos riscos.
Mas a toda esta gente, o Sporting responde de luva branca, com garantias de receitas aos clubes que ameaçam parar, com garantias de internacionalização e trabalho aos profissionais da CS que em cada dia lhe ferem a honra e a dignidade e com garantias de promoção internacional e proveitos materiais aos árbitros que lhe movem campanhas infames e desvirtuam a verdade desportiva em todas os jogos e competições em que apareçam as gloriosas camisolas verde e brancas.
Triunfar e prosseguir, cumprindo o nosso glorioso destino, indiferentes ao pântano que nos rodeia, parece ser o fadário sportinguista. Esforço, dedicação, devoção e glória, eis o Sporting !!!...

Leoninamente,
Até à próxima

quinta-feira, 29 de março de 2012

É preciso acreditar !...

Uma boa equipa este Metalist. Não é a pêra doce que muitos apregoavam. E só a abnegação e a solidariedade da equipa leonina conseguiram o equilíbrio dos primeiros 45 minutos.
Na segunda metade da partida, pudemos assistir a uma clara demonstração de garra e de querer de toda a equipa do Sporting. Os golos apontados por Marat Izmailov e Emiliano Insua, pareceram o reflexo de uma muito bem estudada estratégia de Ricardo Sá Pinto, que revelou um profundo conhecimento do adversário e das  debilidades da sua própria equipa. Face à terrível sequência de jogos que a equipa vem disputando há mais de um mês, a frescura física tem de ser muito bem administrada.
Com dois golos de vantagem, o Sporting poderia enfrentar a segunda mão com a legítima convicção de que as probabilidades de eliminar a equipa ucraniana tendiam fortemente para o seu lado. E teve até depois a oportunidade de deixar a eliminatória resolvida, se tivesse evidenciado a calma e o discernimento necessários em duas ou três oportunidades que criou.
Acabou por ser o Metalist a reduzir, através de uma grande penalidade cometida por Rui Patrício, que até então tinha sido, sem sombra de dúvida, o melhor elemento do Sporting, seguido de muito perto por Carriço, cuja substituição terá sido, aparentemente, uma decisão pouco feliz de Sá Pinto.
A eliminatória estará em aberto, mas o Sporting terá de se suplantar na Ucrânia, de hoje a uma semana. E isso estará em absoluto ao seu alcance, basta recordarmos Manchester.
O que a equipa hoje conseguiu, poderia ter proporcionado uma noite de glória. Aquele golo quase ao cair do pano, deixou um sabor amargo. Mas não deixámos de conseguir uma vitória importante. O Sporting parte na frente e é preciso acreditar em quem já demonstrou que tudo é possível!...

Leoninamente,
Até à próxima

quarta-feira, 28 de março de 2012

Tanto como qualquer um de nós !!!...

Há um velho ditado português que converte em castigo igual, tanto o pecado do destrambelhado da língua, como o daquele que comete o silencioso macambúzio: "... preso por ter cão e preso por não o ter...". Pois é, trata-se de uma assertiva definição da inimitável filosofia lusa. E deriva da postura deste nosso povo, que o general Sertório presumivelmente terá relatado ao seu imperador, acerca das "qualidades" que terá então detectado nos lusitanos: "... um povo que nem se governa nem se deixa governar!...".
Está-nos na massa do sangue! Dizer mal de tudo e todos, colocando sobre os nossos cabelos - quando existem - a coroa da sapiência plena! Somos os mais "bestiais e espertos" do todo o mundo!...
Godinho Lopes completou o primeiro ano do mandato que, afinado ou não, as últimas eleições determinaram. E todos nós, particularmente aqui pela blogosfera leonina, dissemos de nossa justiça, sobre o trabalho que terá ou não desenvolvido. Tudo bem, o 25 de Abril de 1974 trouxe-nos, espero que definitivamente, esse direito. Mas paralelamente, o exercício desse inalienável direito, deveria ter-nos conduzido ao sagrado dever de aceitar o mesmo por parte de quem nos acompanha nesta jornada finita. Mas ... lá vem de novo este lusitano feitiozinho anão, que vê o "cisco" nos olhos dos outros e nem se apercebe do argueiro que nos tapa completamente a visão!...
Dentro do leque dos ex-candidatos à presidência do Sporting, Dias Ferreira, Abrantes Mendes e Pedro Baltazar, optaram nesta efeméride, pelo silêncio que a sua consciência e inteligência lhes aconselharam. Usaram da forma que melhor entenderam, o seu legítimo direito, mas... foram parar à prisão, por sentença que uns tantos produziram. Sem direito a recurso!...
Bruno de Carvalho, entendeu escolher uma via diferente e veio a terreiro dizer aquilo que pensa sobre as virtudes e defeitos - numa ordem e quantificação que só a ele deveria competir expressar - do primeiro ano de mandato do presidente em exercício. Porém... também lhe foi aplicada a mesma pena que aos seus ex-companheiros candidatos. E os juízes de tão surpreendente quanto famigerada sentença, se não foram os mesmos, não andarão muito afastados dos primeiros. Com a agravante de que as palavras por ele produzidas, contituíram agravante em relação ao silêncio dos outros.

Eu gostava de saber o que pensam estes "juízes de meia tigela", sobre valores como tolerância, respeito e solidariedade sportinguistas?!... E também gostava que alguém me dissesse como é possível pretender assassinar o carácter e o futuro de alguém, apenas porque tem um pensamento diferente da correlação de forças que hoje detém o poder em Alvalade, quando nem sequer teve oportunidade de provar na prática a bondade das soluções que há muito preconiza?!... E finalmente, quantos desses mesmos "juízes da leoninidade" terão aplaudido o assassinato pela PIDE em 1965, do general Humberto Delgado, candidato derrotado nas eleições presidenciais de 1958?!... 
O "General Sem Medo" pagou com a vida, a coragem de ter afrontado o Estado Novo. Porque era incómodo para o regime, premonitoriamente, nove anos antes de Abril de 74!...
Sinto-me envergonhado por assistir dentro da "família sportinguista", a um movimento "pidesco" tendente a destruir o pensamento e o projecto de um sportinguista como nós, cujo único pecado que até agora constatei, será gostar do Sporting...
... tanto como qualquer um de nós!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Mais um passo para o abismo...

Só me apetece chorar !...
O jornal A Bola on-line titulava às 20.40, esta notícia, que me surpreendeu. Porque o título usado, de forma sensacionalista como é timbre do referido orgão, não corresponde inteiramente ao conteúdo, que acaba por negar a essência titulada.
Cerca de 40 minutos depois, para não ficar atrás, surgiu no outro jornal concorrente, Record on-line, o mesmo título de sensação, aqui e um conteúdo análogo que lhe desmente o significado.
Afinal, como eu imaginara, a AG convocada para o dia 27 de Abril, é uma AG de accionistas da Sporting Clube de Portugal, Futebol, SAD. Porque uma Assembleia Geral de Sócios do Sporting Clube de Portugal, presumo que jamais será convocada.
As minhas reservas sobre a operação de fusão, faziam e continuam a fazer sentido. Nas costas dos sócios e sem lhes passar "cavaco", estará a ser cozinhado um "gostoso pitéu", de que  nunca chegarão sequer a conhecer o sabor. A menos que invistam fortemente na compra dos 40 Milhões de acções, que vão ser abertos a subscrição pública, cuja aprovação também não dependerá de nós.
Como rebuçado, para alimentar o espírito leonino dos sócios sportinguistas, o site do clube publicou um sucinto comunicado, onde se constata que não haverá Pavilhão tão cedo, porque todas as Comissões Técnicas, acabam com os mesmos resultados: atirar com a resolução das necessidades urgentes para as calendas!...
Está a começar bem este segundo ano de mandato de Godinho Lopes !!!...

Leoninamente,
Até à próxima

terça-feira, 27 de março de 2012

O "sentido de estado" de Paraty !...

in "Bancada Sul"
Creio que todos os adeptos do futebol se lembrarão de nomes de árbitros como Inocêncio Calabote, Francisco Silva, José Guímaro, Martins dos Santos e mais recentemente de Bruno Paixão, entre uma plêiade de "profissionais" do apito e da corrupção, do compadrio e da mafia instalada no futebol português, centralizada na APAF, uma "virtuosa" organização de classe que vive à margem dos mais elementares princípios do civismo e da legalidade.
E lembrar-se-ão também de um personagem deste terrifico submundo, chamado Paulo Paraty, que protagonizou cenas de má memória de índole semelhante ainda não há muito tempo e agora arvorado em "apreciador e comentador" da ignomínia dos seus seguidores. Pois é precisamente este paradigmático abencerragem dos gloriosos anos dourados dos pentas e tetras, que agora vem a terreiro, como pode ser confirmado aquidefender "o sentido de estado" de toda a nata "apafense"!... Sem pudor, sem o mais leve resquício de dignidade ou idoneidade moral, este senhor vem falar em sentido de estado. Como se sentido de estado fosse um qualquer produto hortícola que eventualmente cultivará na sua horta.
O sr. Paraty, dado o grau académico que conseguiu alcançar - presumo que uma licenciatura em engenharia electrotécnica - deveria ser um espelho intelectual e cultural do grau que lhe foi conferido e jamais confundir o "sentido de estado", com o "sentido da responsabilidade" que deveria estar permanentemente subjacente à actividade do juízo arbitral que os alvos da sua apreciação deveriam saber interpretar. Mas o sr. Paraty, talvez arrastado pelo perfil comportamental de quem nos vai (des)governando, confunde "os alhos com os bugalhos" e coloca os que lhe seguiram os passos e protagonizam o actual estado caótico da arbitragem portuguesa, num patamar ao nível do poder político vigente, sublimando, sem a mínima noção do ridículo em que incorre, a importância da causa do apito, que há tantos anos abraçou e que parece não ter intenção de abandonar tão cedo, bem saberá ele porquê.
O saudoso Pernando Pessa perguntaria, desassombradamente: E esta hem ?!...   

Leoninamente,
Até á próxima

segunda-feira, 26 de março de 2012

O "heróico esforço" da APAF !!!...

Heróico esforço!...
O Sporting Clube de Portugal está há muito, definitivamente, afastado da luta pelo título!... Mas curiosamente, os deuses parecem pretender exigir-lhe uma última palavra na sua atribuição!... E a julgar pelo "andar da carruagem", não é que nos jogos em que os três candidatos ainda terão que defrontar a equipa de Ricardo Sá Pinto, poderá estar a chave para abrir a caixa das faixas?!...
O que teria acontecido se a intervenção arbitral da "insuspeita" APAF, não tivesse esbulhado o Sporting de mais de uma dezena de pontos desde o início do campeonato?!... Pois... Isso é uma hipótese ridícula dirão uns, afastando os prejuízos do seu saco, já aconchegado de benefícios. Outros dirão, com o ar inocente que nos últimos 25 anos ostentaram, que no final do campeonato, a soma algébrica de todos os erros de arbitragem acabará por traduzir-se numa acumulação de "zero pontos" para todos os clubes. Por fim alguns dirão que é uma questão subjectiva, dado que se os árbitros não tivessem falhado, nada nem ninguèm poderia garantir que o Sporting também não falhasse. Curioso é que nenhum sportinguista ou observador exterior, atento e isento, alinhará em qualquer uma destas três posições, porque cada uma delas reflecte um alinhamento claro com o S.L.Benfica, o F.C.Porto, ou com a CS que manifestamente saltita entre a Luz e o Dragão.
Tomemos em consideração os admissíveis prejuízos acumulados em cada um dos jogos em que foi aplicada a estratégia da APAF, fielmente executada pelos seus homens de mão:

1ª jornada »»» Sporting 1-1 Olhanense »»» árbitro Carlos Xistra »»»»»»» 2 pts.
2ª      "       »»» Beira Mar 0-0 Sporting »»»      "      Fernando Martins »»» 2 pts.
3ª      "       »»» Sporting 2-3 Marítimo »»»»     "      Pedro Proença  »»»»»» 3 pts.
11ª    "       »»» Benfica 1-0 Sporting »»»»»»    "      João Capela »»»»»»»»» 1 pt.
21ª    "       »»» Setúbal 1-0 Sporting »»»»»»    "      André Gralha »»»»»»» 3 pts.
21ª    "       »»» Gil Vicente 2-0 Sporting »»»    "      Bruno Paixão »»»»»»» 3 pts.

E contabilizando então os 14 pontos que eventualmente terão voado do alforge leonino, isso colocar-nos-ia neste momemto, em primeiro lugar "ex-aequo" com o Braga!...  Elucidativo, não ?!...
Mas a APAF, obedecendo a desígnios e estratégias sobejamente conhecidos, afastou-nos bem cedo da discussão do título. Só me queria rir se, não contando o Sporting neste momento para a luta do título, lhe estivesse reservado um papel importante na sua atribuição, relegando a APAF para um papel secundário, pese embora todo o seu "heróico esforço" ! Ou não terá já alguém lhes chamado heróis?!...

Leoninamente,
Até à próxima




Balanço de um ano que passou !...

Um ano passou desde as últimas eleições no Sporting!... A controvérsia e a vergonha desse dia, deram lugar a uma nova etapa da vida do clube que, não estando a ser aquilo que todos desejaríamos, poucos serão aqueles que negarão algum mérito à nova equipa dirigente liderada por Godinho Lopes.
É inegável o esforço que tem sido desenvolvido nas mais variadas vertentes da vida associativa do Sporting Clube de Portugal, no sentido de corrigir os erros colossais do passado e devolver ao clube a dignidade que a sua história centenária exige. Contudo nem tudo terão sido rosas no caminho percorrido por Godinho Lopes e seus pares.
A trave mestra da recuperação, impunha o cumprimento de objectivos mais ambiciosos em termos competitivos, tanto na modalidade principal, que se constitui como verdadeiro motor da vida e futuro do clube, quanto nas modalidades ditas amadoras que lhe complementam os objectivos. Numa e noutras, pese embora a mística e a esperança que alimentam o admirável mundo sportinguista de adeptos indefectíveis, fomos assistindo a um sucessivo afastamento de quase todas as metas que nos bailavam no espírito. E quase ninguém duvida que na base desse comprometedor insucesso, estarão as dificuldades económicas que o clube patenteia.

Poucos, mas bons ?!...

Por isso, muito provavelmente, terá sido na tarefa de reequilíbrio económico e financeiro que Godinho Lopes e a sua equipa terão exibido maior incapacidade. Os diversos e complexos compromissos pré-eleitorais terão limitado ou mesmo impedido a revolução administrativa que a falta de saúde financeira imperiosamente impunha. Revolução essa que deveria visar inelutavelmente a redução de custos que proporcionasse a recuperação desse mesmo equilíbrio. Pouco ou mesmo nada parece ter sido feito nesse sentido e o gigantesco aparelho administrativo sportinguista permaneceu quase sem alteração, se é que pontualmente não terá mesmo sofrido acréscimos despropositados e naturalmente inconvenientes, resultando daí, em vez da necessaria e obrigatória redução de custos, o seu dramático incremento. O primado da quantidade sobre a qualidade continua a reinar em Alvalade, porque os compromissos e compadrios continuam a sobrepor-se à saúde económica e ao futuro do clube.

Da nossa casa sabemos nós !...
A auditoria externa veio revelar o dramatismo da nossa situação económica e financeira. E a sua divulgação para o exterior foi outro dos grandes erros que Godinho Lopes terá cometido. Nunca o compreenderei. Deu-la-deu Martins ensinou-nos isso há muitos séculos!...
Agora só o recurso a novas e duvidosas engenharias financeiras, todos os dias "escarrapachadas" na CS, pode conseguir aliviar o insustentável da situação, que se repete em todos os clubes de top do futebol português, mas que só o Sporting permite que seja vergonhosamente discutida na praça pública.
Como ultimamente se tornou hábito, enquanto para outros o "segredo é a alma do negócio", no Sporting assistimos ao verdadeiro "hara-quiri" da transparência total!...


Vai começar o segundo ano do mandato de Godinho Lopes!... Um tremendo desafio para o próprio e um teste decisivo para a admirável, paciente e esperançosa massa adepta leonina.
Temo que a complacência sportinguista não suportará mais prorrogação de prazos e a contestação subirá de tom se Godinho Lopes não enfrentar decisiva e corajosamente os desafios que não foi capaz de ultrapassar neste primeiro ano. O Sporting tem que encontrar rapidamente o caminho da sustentabilidade e de um mínimo de êxito desportivo que lhe garanta o futuro. Contemporizar com situações que prolonguem a agonia em vez de reverter o dramatismo que envolve o presente e ameaça o amanhã, será um erro irremediável!...

Leoninamente,
Até à próxima






sábado, 24 de março de 2012

Sofrível e... agora serão cinco dias!...

Pela boca morre o peixe...
Sofrível!... Uma vitória que me deixou sede na boca. Sede de golos, sede de outra frescura física, sede de um organizador de jogo que empunhasse a batuta e conduzisse a equipa para processos melhor delineados e mais eficazes, sede enfim, de bom futebol. 
Quem não pôde estar presente, claro que não fez falta. Mas quem será capaz de negar que a equipa se ressente quando Matias e Schaars não podem dar o seu contributo?!... Mesmo assim eu desejaria ter visto a equipa com uma produção diferente frente ao último classificado da I Liga. Os jogadores leoninos que estiveram em campo tinham obrigação de fazer mais e melhor, face à diferença de categoria para o seu  adversário. Ricardo Sá Pinto, que os treina quase todos os dias, falou do ritmo quase sobrehumano a que a equipa tem sido submetida no último mês. Se calhar terá razões para desculpabilizar a exibição que os seus jogadores produziram e eu não quero contestá-lo. Apenas dizer que pouco mais, para além dos três pontos conquistados, me agradou. Destacaria apenas a determinação de toda a equipa e o grande jogo de João Pereira que, mesmo com uma excelente exibição, não conseguiu ir para o balneário sem o cartão amarelo da praxe. Mas certamente já não estaria no Sporting, se porventura fosse capaz de utilizar mais contenção naquele espírito e boca desenfreados.
Posto isto, é hora de começar a pensar no Metalist. Desta vez, a equipa terá 5 dias para recuperar e se preparar para uma nova e terrível batalha.

Leoninamente,
Até à próxima

Mastros de Alvalade, amarelos ou verdes ?!...

Soube aqui, que os responsáveis leoninos se preparam para pintar, de verde, os quatro mastros  responsáveis pelo suporte da cobertura do estádio José Alvalade. Na minha modesta opinião, considero um erro esse propósito. E explicarei porquê.
Como todos os sportinguistas sabem e sentem, as cores emblemáticas do Sporting Clube de Portugal, não são apenas o verde  e o branco. O Leão majestoso e rampante que o nosso símbolo orgulhosamente ostenta, exibe um amarelo lindo de morrer, que pede meças a todos os conceitos estéticos que pretendessem recomendar uma outra qualquer cor!...
Aplaudi e continuarei a aplaudir o esforço que vem sendo desenvolvido para expurgar do interior do nosso estádio, toda a "taveirada" policromática que até há pouco tempo nos feria os olhos, o gosto e o coração. No dia, que espero próximo, em que entre no estádio que também é meu - pelo menos assim reza a escritura que me confere o Lugar de Leão até 2023! - e o veja todo "pintado" de verde, serei um leão feliz!... 
Mas o meu coração bate mais forte quando, ganhando as asas do mundo, abandono a Portela e olhando, já com saudade, para a cúpula do estádio onde tantas e tantas vezes tenho sido feliz, me despeço daquelas quatro torres amarelas que a distância me apresenta como última referência gravada nos olhos. Assim como são a primeira referência que o regresso me oferece. E quando em dias de jogo, palmilho as centenas de quilómetros que, pela A1 ou A8, me separam de Alvalade, aqueles quatro pináculos amarelos são o primeiro anúncio de que cheguei a casa!...
O amarelo do nosso majestoso leão é uma cor única, que só a noite, a distância ou o nevoeiro conseguem fazer desaparecer e mesmo assim com nitidez inversa às suas tendências. O amarelo e o leão são faróis de sportinguismo que se (con)fundem e que nos dão significado!...
Não conheço nenhum fundamentalismo que não fuja da verdade donde parte, nem se aproxime do erro no objectivo que persegue. Pintar os mastros de Alvalade de verde, será o mesmo que pintar da mesma cor o Leão do nosso emblema: retirar-lhes beleza, contraste, estética e a luz do farol que já entrou no imaginário de todos os sportinguistas.

in "Sporting na Alma"

Aos que tenham dúvidas e dominem as técnicas da composição cromática digital, eu convido a fazerem um ensaio, simulando os mastros pintados com a cor que presumo esteja planeada. Depois, passem por aqui e deixem a resposta que a vossa sensibilidade vos ditou.
Por mim sou, convictamente, contra. Hoje e sempre !...

Leoninamente,
Até à próxima

P.S. Uma grave avaria informática, afastou-me durante quase dois dias. As minhas desculpas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Já está !...

Já está!... Sem comunicado aos sócios sportinguistas - que eu me tenha apercebido -, mas comunicando à CMVM como aqui é referido, o que até agora era projecto de fusão, passou a ser mesmo fusão e o seu registo já foi efectuado na Conservatória respectiva em Lisboa.
Agora os apoiantes da medida podem celebrar, os cépticos mantêm as reservas e os opositores afiam as espadas. A todos o tempo se encarregará de dar ou tirar razão. Eu por mim, que sempre acreditei que no meio é que está a virtude, vou cepticamente manter as minhas reservas, à espera que o melhor esteja para vir. Ou não fosse eu, leão de juba grande e velha, um convicto adepto da esperança...

Leoninamente,
Até à próxima

quinta-feira, 22 de março de 2012

Será que somos mesmo diferentes ?!...

O universo leonino entrou em debate! O tema é sério e exige uma profunda reflexão de todos. Mas o Sporting Clube de Portugal merece que todos nós o tratemos com seriedade e elevação. E já agora direi que além do tema, também o clube deverá ser tratado com seriedade e elevação.
Ouvir a voz de sportinguistas afirmar que o "Sporting somos nós", para de seguida assistir da mesma boca, ao vilipêndio dos que, sportinguistas como nós e portanto "o Sporting", apenas cometem o "pecado" de não pensar como nós, é para mim a negação do sportinguismo.
Há quem veja na operação financeira anunciada pela Direcção de Godinho Lopes, a solução que a situação da SAD há muito impõe e não veja qualquer risco de perda de soberania e património para o Sporting Clube de Portugal. Os que assim pensam estão no seu legítimo e inalienável direito e o seu sportinguismo jamais poderá ser colocado em causa.
Haverá, por outro lado, os que pensam que a operação envolverá riscos futuros, que a não serem acautelados, poderão colocar amanhã em causa a soberania e o património do Sporting Clube de Portugal. Porque carga de água há-de o sportinguismo de quem pensa assim ser colocado em causa?!...
E haverá finalmente, aqueles que suspeitam que esta operação seja uma encapotada alienação de património, que qualquer Assembleia Geral Extraordinária vetaria liminarmente. Será uma posição desta natureza uma negação de sportinguismo por parte dos seus defensores?!...
Quer-me parecer que as três posições serão perfeitamente legítimas e nada terão a ver com o sportinguismo que os defensores de qualquer delas sente dentro de si. Para o sportinguismo de cada um não há discussão e ponto final. Por isso me dói a minha alma de leão ao assistir, particularmente em certas tribunas da blogosfera leonina, a uma inadmissível e fratricida guerra de palavras, de troca de insultos soezes e inimagináveis num mundo leonino que todos nós clamamos de... DIFERENTE !...  Diferente?!... Só se for na baixeza moral a que muitos estão a descer...
Há autores de blogues leoninos que utilizam invariavelmente determinada linguagem que eu, por exemplo, não utilizo. Mas quando a utilização de algum "vernáculo" é apropriada e jamais insultuosa, eu divirto-me a aplaudo. É uma questão de inteligência e talento, que puritanismo nenhum destrói ou inibe. Um velho amigo já falecido, sportinguista dos quatro costados dizia, frequentemente: "... uma cabeluda apropriada e bem metida, é ... UMA ELOQUÊNCIA!...".
Agora, "um gatuno p'ra ti, um ladrão para mim, olá, olá e a vida sorri" é demasiado baixo e vil para "voar" por esse éter fora, à espera que os rivais nos coloquem no anedotário nacional e apregoem porque somos diferentes!...

Leoninamente,
Até à próxima

quarta-feira, 21 de março de 2012

O Sporting somos nós ?!... Cada vez menos !...

Os sócios do Sporting Clube de Portugal foram ontem informados, aqui, de uma "operação financeira" que Godinho Lopes e a sua direcção se preparam para levar a cabo: a passagem da SPM - Sporting Património e Marketing para a Sporting Futebol, SAD. As razões aduzidas nesse comunicado até podem ser razoáveis e justificadas, porém, habituado a tantas e sobretudo tão complexas operações realizadas pelo "roquetismo", que têm significado quase sem excepção a perda de património e activos do Sporting Clube de Portugal, fiquei, naturalmente com mais uma pedra no sapato da minha longamente sofrida mas eterna leoninidade.
Leigo nesta matéria, que muito poucos dominam e que aqueles que dela entendem e são useiros e vezeiros na utilização, apenas explicam quando e aquilo que muito bem entendem, escondendo o gato e o rabo também, encontrava-me muito naturalmente preocupado pelo quase secretismo, complexidade e implicações futuras desta gigantesca operação, tratada quase à margem dos sócios.
Como sempre que ao Sporting e seus sócios e adeptos são lançados desafios de entendimento difícil ou mesmo complexo, esperei pela posição desse grande e esclarecido sportinguista a que me ligam laços de recente mas sólida e honrosa amizade que é Rui Calafate. E, como sempre - Rui Calafate nunca falha quando em causa estão o Sporting e o seu futuro -, de forma limpida e transparente, aqui está a explicação.
E o que eu temia, de que algo pudesse estar a ser feito nas costas dos sócios do Sporting, ou pelo menos, sem que estes fossem chamadas a dizer de sua justiça, não era assim tão descabido como isso. E nem o facto de, dada a natureza jurídica de ambas as sociedades, poder eventualmente permitir que legalmente a operação agora anunciada possa ser exequível,  invalida os legítimos anseios de todos os associados do Sporting Clube de Portugal de serem suficientemente esclarecidos numa assembleia geral que para o efeito deveria ter sido convocada. O comunicado que ontem foi dirigido aos sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal, parece-me não cumprir os mínimos de transparência e respeito que àqueles deveria ser devido.
Para além de outros pormenores, com carga aparentemente menos emotiva e até desprezível aos olhos dos associados, está em causa a propriedade do nosso estádio que, amputado há uns anos de uma parte substancial do seu "recheio" através de um processo porventura legal mas que não deixou de ser polémico, passa agora das mãos do clube para as mãos da SAD, hoje maioritariamente nas mãos do Sporting, mas que no futuro poderá , por processos análogos ao de agora, deixar de pertenencer definitivamente à razão da sua existência.
O projecto Roquete parece encaminhar-se para o estertor final. Mas a maldita filosofia que o acompanhou desde a génese, permanece: em cada dia que passa vamos assistindo ao cumprimento do seu maquiavélico plano de retirar o Sporting Clube de Portugal das suas próprias mãos.
Porque o Sporting somos todos nós !!!...

Leoninamente,
Até à próxima

terça-feira, 20 de março de 2012

É hora de atirar a pedrada ao charco !!!...

Não sei se o Sporting teria ganho o jogo que ontem disputou em Barcelos, se a arbitragem tivesse estado a cargo de, por exemplo, Pierluigi Collina!... Mas sei que o resultado não teria sido o mesmo. Provavelmente, teríamos perdido por 1-0 e o encontro teria terminado com o Gil Vicente reduzido a 10 unidades e Stijn Schaars não teria sido obrigado a ir tomar banho mais cedo. Portanto, até La Palisse teria chegado à conclusão de que a encomenda que Vitor Pereira - à terceira tentativa !... - "inocentemente" nos enviou para o Minho, teve influência no resultado.
Posto isto, resultará curioso, analisar as declarações que após o desfecho do jogo foram proferidas pelo presidente Godinho Lopes, ou pelo director desportivo Carlos Freitas, ou ainda pelo treinador Ricardo Sá Pinto. Porque a curiosidade advirá das implicações que cada uma dessas inflamadas afirmações - a de Sá Pinto nem tanto, porque reflexo do medo das sacramentais, mais que certas e imediatas penalizações! -determinarão no futuro próximo ou remoto do futebol português e, em particular, na forma como o Sporting continuará a ser tratado. Por mim, dou comigo a pensar na profunda inocuidade de qualquer delas. E continuam a ser absolutamente ridicularizadas e desprezadas por todos, as posições dos altos responsáveis sportinguistas, sobre a candente matéria da arbitragem portuguesa.
Há uma analogia quase mórbida, entre a situação que envolve toda a arbitragem portuguesa e a mais terrivel, dramática e pouco menos que irreversível doença que a modernidade nos trouxe: o cancro! E a recuperação da lusa arbitragem, muito provavelmente, apenas poderá acumular sucesso em algumas das suas vertentes mais importantes, se alguma vez vier a ser submetida a processos semelhantes aos que, naquela aterradora e quase mortal doença, conseguem algum êxito. E por mais paleativos que a medicina venha descobrindo ou inventando, a coragem e a cirurgia serão os poucos e únicos que vão estando ligados ao sucesso e à cura.
O tratamento que os altos responsáveis do Sporting há muito e de forma repetitiva e inconsequente vem tentando na arbitragem, mais não tem conseguido ser que meros e desajustados paleativos. Porque jamais lhe administraram os coadjuvantes fundamentais: a coragem e a cirurgia.
O castigo só é eficaz se causar dor. E o tipo de posições que Godinho Lopes e Carlos Freitas ontem expressaram, como tantas outras de outros intérpretes sportinguistas na mesma matéria, nunca causaram dor a quem quer que fosse. Cócegas, apenas cócegas, conseguiram e hão-de continuar a conseguir provocar no "sistema", no "satus quo", na mafia futebolística lusa, ou no que quer que seja que queiram chamar ao pântano em que se move a arbitragem, a estrutura regulamentar, a disciplina e a justiça do futebol português. E então continuaremos a assistir ao goso e ao rebolrar pelo chão de tanto riso, por parte dos alvos dessas mensagens, protestativas mas eivadas de ingenuidade, dos dirigentes leoninos. Porque não tem havido coragem de provocar dor e ablação dos tecidos invadidos pelas metastes degenerativas e mortais.
O ovo que Colombo colocou na posição vertical, não constituiu um golpe de génio de um sobredotado. Foi mais perspicácia que inteligência e revelou-se um acto genial, apenas porque foi o primeiro. Mas obrigou a que a estrutura física do ovo tivesse de ser alterada, com prejuízo do seu futuro, tanto na sua razão de ser como no seu prazo de validade para uso alimentar. Mas ficou de pé, que era o objectivo primordial. Isso conseguiu Colombo!...
A coragem de inventar e implementar processos que respondam eficazmente aos assaltos perfidiosos de toda a  envolvente da arbitragem ao Sporting Clube de Portugal, concerteza que trará alguns prejuízos materiais e desportivos ao clube. Mas como o doente canceroso que decide sujeitar-se a ablação de uma parte do seu corpo para, corajosamente, salvar a sua vida, o Sporting deverá também, corajosamente, aceitar de forma pragmática e calculada, os prejuízos que possam resultar de posições que provoquem o efeito desejado em quem, sistematicamente, nos vilipendia a honra e a dignidade.
O estudo aprofundado das implicações e penalizações regulamentares resultantes, por exemplo, do veto fundamentado, definitivo ou temporário, a um determinado árbitro, ou a falta de comparência a determinado jogo em que o Sporting não tenha visto devidamente ponderados e tidos em conta os seus legítimos e justificados interesses, deveria traduzir-se no estabelecimento de uma relação de custos/benefícios que pudesse recomendar ou não a utilização de qualquer desses expedientes, por parte dos altos responsáveis do clube. Se os prejuízos fossem suportáveis ou ultrapassáveis, porque não atirar com a pedra ao charco, provocando o turbilhão e a propagação do impacto nas águas podres e tranquilas dos interesses estabelecidos. Seria a dor que qualquer castigo implica para efectivamente o poder ser. A indignação será uma arma de fraco poder persuasivo. O seu ruído é ouvido no momento e esquecido no dia seguinte.
Quem sou eu para alguma vez pretender ser o visionário estratega de que o Sporting precisa. Mas dentro do formidável universo leonino não haverá inteligência suficiente para encontrar soluções que provoquem a dor e o castigo dos delinquentes, reduzindo ao mínimo o nosso prejuízo?!...
Hoje mesmo, na blogosfera leonina, encontrei aqui, um artigo curioso, em que o seu autor, Viollino, que muito prezo e admiro pela lucidez e inteligência, deixa uma janela aberta para uma ou duas ideias que porventura lhe andarão a bailar na mente. Disse ele:

Eu tenho uma ideia ou duas que poderia fazer a diferença, mas será uma estupidez que um blogger longe da realidade interna do clube tenha ideias que uma direcção de um clube de futebol não tenha.
 Desafiei-o a exibir a coragem que tem faltado aos dirigentes - de ontem, e de hoje - do nosso Sporting. Como eu gostava de conhecer essas ideias e de discuti-las com seriedade. Outras ideias andarão escondidas na formidável família sportinguista. Por modéstia ou timidez. Acho que é hora de "oferecermos" algo ao nosso Sporting...

Leoninamente,
Até à próxima

P.S. - Não resisto a um "copy & past" de um pequeno trecho há pouco publicado no campeão da blogosfera leonina "Cacifo do Paulinho" que pode apreciar aqui:

" ... É nestas alturas que, mais do que nunca, sinto que é incontornável rugirmos todos para o mesmo lado. Tomar uma posição de força, se assim se justificar (sair de campo a meio de um jogo, não chegar a entrar?), mas, até lá, apontar o dedo a esta corja e marcar presença em Alvalade..."

Cleptomania terá cura no Colombo ?!...




E não há ninguém que o leve a passear no Colombo ?!...



"... Falar do jogo sem falar do árbitro? É muito dificil. Os jogadores hoje tiveram que lutar com muitas adversidades, desde o desgaste físico ao emocional e a outras situações. Fizeram tudo para ganhar este jogo, o que foi impossível !!!..." (Ricardo Sá Pinto)

Leoninamente,
Até à próxima


segunda-feira, 19 de março de 2012

Quase para além do horizonte !!!...

A confiança e a fé animam-me neste fim de tarde que antecede o jogo da confirmação, É isso mesmo que representa para mim o jogo que o Sporting Clube de Portugal logo à noite disputará em Barcelos: confirmação! Depois da noite gloriosa de Manchester, é preciso que a equipa confirme que a solidez, o rigor, a solidariedade, a raça, o querer, o bom futebol e os efeitos práticos de todos esses atributos, vieram para ficar, em vez de constituirem esporádicos fogos fátuos que acontecem apenas de vez em quando, para depois mergulharmos de novo na decepção da mediocridade e do inêxito, obrigando-nos a novos calvários de desculpabilização e desencanto.
Tenho a forte convicção de que Ricardo Sá Pinto terá a sensibilidade suficiente para perceber que o universo leonino já esgotou a sua capacidade de compreender qualquer regresso ao passado. E terá passado à equipa a mensagem de que não poderá voltar a permitir a repetição de Setúbal e tantas outras decepções que só a força de um amor enorme e dedicado tem permitido apagar da nossa memória sofrida e resignada
À qualidade que o plantel já sobejamente patenteou, terão obrigatoriamente que se somar a necessária fiabilidade competitiva e a consecução de resultados positivos de forma mais sistemática e regular. Alternar prestações a raiar a perfeição, com actuações frágeis e resultados desanimadores, permeáveis a deficiências e erros de arbitragem e ás proverbiais estratégias venenosas de contra-ataque assente em tácticas ultra defensivas que grande parte das equipas que frequentam a nossa Liga praticam quase religiosamente, será regressar a um passado que progressivamente desencantou os adeptos e os afastou do apoio fantástico e permanente de que o clube precisa para sobreviver.
Porque para além da mística e paixão que a todos envolvem, é uma questão de sobrevivência que começa a estar em causa. Uma questão que envolve o futuro do Sporting Clube de Portugal que, para cumprir o desígnio do seu fundador de ser "grande entre os maiores", não poderá permitir-se ao luxo de relaxar e dormir à sombra de vitórias efémeras e de circunstância.
A última vitória concludente em Alvalade, deverá ser o molde da argamassa com que Ricardo Sá Pinto deverá construir o futuro da equipa. O respeito e o temor dos adversários apenas será alcançado e cimentado, quando no espírito de todos os joigadores leoninos os limites forem fixados num patamar elevado, quase para além do horizonte.

Leoninamente,
Até à próxima

domingo, 18 de março de 2012

Quem de três tira dois, quantos ficam ?!...

Fui ao longo de muitos anos, consumidor quase compulsivo de quase todos os jornais  e revistas desportivas do país. Grande parte deles ficaram pelo caminho com a falência dos respectivos projectos ou com o desaparecimento dos seus mentores e impulsionadores. Era o tempo dos semanários, bissemanários e trissemanários, em que a qualidade e competência  dos directores e jornalistas era reflectida nas páginas de cada um desses jornais e revistas e as suas  linhas editoriais obedeciam a critérios mínimos de isenção e rigor, se bem que cada um exibisse tendencialmente uma linha editorial mais próxima de cada um dos três maiores clubes portugueses.
Com o advento das edições diárias, que todos eles acabaram por adoptar, com a terrível guerra de audiências que essa medida acabou por determinar e com o desaparecimento de uma elite de jornalistas de referência que infelizmente não foi substituída  por valores próximos, tanto em termos de cultura, capacidade intelectual e competência técnica, quanto em termos de carácter, rigor e isenção, verificaram-se significativas alterações nas linhas editorias em cada um dos três que resistiram à corrosão dos tempos e dos custos de produção.
O jornal "A Bola", talvez pela nova realidade que trouxe o F. C. Porto para a ribalta do futebol português e pela proximidade que sempre evidenciou com o S. L. Benfica,  perdeu audiências, deixou de ser a referência que sempre fora e, na ânsia desenfreada de recuperar o tempo e os valores - de toda a ordem - perdidos, adoptou a estratégia de reforçar a proximidade com o emblema que julgou capaz de vir a recuperar a posição e o prestígio perdidos. É hoje, declarada e despudoradamente, um quase orgão oficial benfiquista, defendendo, promovendo e publicitando o seu "santo padroeiro" e atacando, indignificando, menorizando e desclassificando os outros dois clubes rivais. "Honra e Glória" ao seu director, à estratégia que delineou e vem prosseguido e desonra e incómodo para os seus colaboradores que, por necessidade, comodismo ou falta de visão, ética e dignidade, continuam a vegetar no pântano que o senhor Vitor Serpa criou e vai mantendo, com a esperança de que os 6 milhões lhe garantam o sustento e o êxito. Às malvas foi a independência, a isenção, a imparcialidade, o rigor... a dignidade e a ética. Ficou o prato de lentilhas ... vermelhas!...
O jornal "Record" outro orgão de referência, cujas razões natais e tendência editorial permanecerão para sempre ligadas ao grande jornalista e comunicador que foi Artur Agostinho, foi durante décadas o contraponto e o contraditório do jornal que atrás dissecámos e a compra obrigatória e preferencial da grande maioria dos 3 milhôes de portugueses sportinguistas. O declínio do Sporting C. P. terá porventura acelerado o seu "empobrecimento" e a sua "passagem" para as mãos de "apátridas" da alta finança, onde o lucro e a rentabilidade se sobrepôem a quaisquer outros valores, sejam eles éticos, morais ou intelectuais. A estratégia do seu director, Alexandre Pais, revelou a falta de originalidade que sempre patenteou: absoluto "copy and past" de Vitor Serpa, com abandono da tradição do jornal e o desrespeito para com a fidelidade de décadas dos seus leitores. Disfarçado de belenense, Alexandre Pais requintou a "táctica" do seu homólogo, adicionando na oferta, a invenção e a fraude jornalística, o sensacionalismo dos  excrementos tablóides e a perfídia da insinuação sobre os adversários a abater, sem nunca esquecer que o seu fruto preferido são aquelas melancias, cuja casca de tão verde quase sugere o azul. Presumo que a sua vida de director terá um prazo curto. A finança madá-lo-à apanhar urtigas e fechará as portas quando os números forem incontornáveis.  
Finalmente o jornal "O Jogo", nasceu de um "pai rico" que, de tão enojado com o espectro do jornalismo desportivo do Vale do Tejo, "mandou" edificar o edifício do novo orgão de comunicação utilizando a técnica ancestral  das palafitas, assente em estacaria que lhe permitiram ficar bem acima dos lodos movediços e pejados de répteis onde vão vegetando os seus congéneres. Pretendeu defender a sua região e todo o fenómeno desportivo que lhe é adjacente, particularmente a sua principal bandeira, mas impondo uma linha editorial parecida com os primórdios do jornalismo desportivo português: um director equilibrado e competente e um corpo redactorial também equilibrado e competente, éticamente insuspeito e que faz do rigor, isenção e imparcialidade os seus principais atributos. O caudal do rio que abastece este quase "platónico pai", não depende deste afluente. Outros pequenos - e grandes - rios secundários  lhe garantem a sustentabilidade presente e futura. A estratégia de arfirmação do jornal não terá resultado em pleno, porque derivando da previsível expansão e consolidadação de massa adepta da  hegemonia da bandeira regional, estas não têm acompanhado o êxito desportivo dessa mesma bandeira E os pecados que exibirá, corresponderão mais a rótulos colocados pela rejeição ou ódio ao porta bandeira, que à realidade que lhe vai no coração e na inteligência. Mas a sua grande arma, sempre foi, é e previsivelmente será, o silêncio e a acção, a par da manutenção das linhas mestras de excelência, tanto dos seus quadros editoriais quanto redactoriais. Por uma vez, talvez possamos assistir por muitos anos ao triunfo da qualidade sobre a mediocridade.
A título de exemplo, uma pequena reflexão entre o aplauso envergonhado dos desportivos do Vale do Tejo à saga do Sporting em Manchester e três esclarecedores artigos de "O Jogo":

1 - Criar uma família leva a maior cumplicidade ( aqui apresentado).

2 - Sá Pinto dá liberdade ( ver aqui ).

3 - Com Schaars e Ricky não há impossíveis ( aqui analisado )
Click here to find out more!

Os adeptos do Sporting Clube de Portugal, muito dificilmente encontrarão hoje, num jornal desportivo do Vale do Tejo, o equilíbrio, a isenção e a imparcialidade que nos oferece "O Jogo". Exceptuados os artigos de alguns - muito poucos -colunistas declaradamente afectos ao Sporting, que continuam naqueles orgãos a fazer a defesa da nossa gloriosa e centenária história, das virtudes do presente leonino e da esperança sportinguista no futuro, o resto é um repositório em duplicado - porque parecem copiar-se em cada dia -, de constantes e descorteses - muita vezes desrespeitosos -tratamentos sobre a realidade sportinguista. São as primeiras páginas pintadas quase invariavelmente a vermelho, é a desproporcionalidade da policromia das páginas interiores, é o teor parcial e sempre redutor até aos limites do vermelho, das crónicas dos jogos e da actualidade, são os editoriais de ambos os directores, de exaltação  repetida e fastidiosa das virtudes do alicerce das suas estratégias de vendas e o concomitante e sistemático "esquecimento" das virtudes de todos os outros clubes!...
Um dia os adeptos sportinguistas, farão aquela pergunta sacramental que os "antigos professores primários" - hoje não sei como chamar-lhes! - faziam na iniciação à subtraccção: quem de três tira dois, quantos ficam?!...

Leoninamente,
Até à próxima
  

Orgulho e confiança não resultam do acaso!...



A intervenção do dr. Frederico Varandas junto de Pererinha, no decorrer do jogo em Manchester, poderá ter-se revelado decisiva para que o jogador não tenha que ser sujeito a uma intervenção cirúrgica, conforme pode ser apreciado aqui.
Uma palavra de aplauso para os protagonistas deste azarado acontecimento. Pereirinha simbolizou com a forma estóica com que continuou em campo, a mística, o querer, a garra e a nova solidariedade da equipa. O dr. Frederico Varandas simbolizou a competência que deve reinar no Sporting em todas as vertentes que suportam e envolvem a actividade nuclear do clube.
Deste episódio sobra o exemplo do atleta e a competência do médico, atributos que geram solidariedade e companheirismo e confiança, muita confiança.
Quando em tempos recentes, pareciam escassear motivos para aplausos desta natureza, mais motivos de orgulho e confiança nos invadem. E ninguém me diga que o que está a contecer no plantel do Sporting é obra do acaso. Há uma razão subjacente à sublimação do esforço de todos. Todos os sportinguistas sabem qual é.

Leoninamente,
Até à próxima

sábado, 17 de março de 2012

Esforço, dedicação, devoção e glória: eis o Sporting!!!...


Já lá vão quase dois dias, a razão começa a vencer as emoções incontroláveis que Manchester me trouxe e agora com o meu espírito sportinguista em absoluta paz e harmonia, permito a mim próprio tecer algumas considerações sobre o jogo onde senti uma das maiores alegrias que, como adepto do Sporting, tive o privilégio de viver. Não a maior, porque felizmente o repertório é demasiado grande e variado, mas uma das que vai ficar gravada para sempre na minha memória.
Durante os primeiros 45 minutos o Sporting foi brilhante e produziu uma exibição que reduziu o adversário a uma condição de absoluta subalternidade. Conseguiu dois golos sem resposta e, mais do que isso, nunca permitiu que os "citizens" impusessem a supremacia que a qualidade dos seus jogadores poderia deixar adivinhar e que vinha evidenciando desde o princípio da época, consubstanciada na quase sistemática liderança da Premier League. O melhor reflexo de tudo o que o Sporting consegui nessa primeira metade da partida, esteve no silêncio que envolveu o Etihad Stadium, onde apenas sobressaiu o espectacular apoio e alegria dos mais de mil adeptos que acompanharam a equipa do Sporting.
Desde o início da segunda parte, que todos assistimos a uma natural reacção da equipa inglesa., com a seu técnico a alterar o sistema táctico e a meter "toda a carne no assador" como Manuel Cajuda celebrizou. Mas mesmo assim, essa entrada avassaladora não surtiu efeito durante os primeiros 15 minutos. A equipa leonina foi resolvendo as situações mais difíceis  que o adversário lhe passou a colocar e ainda conseguiu responder com alguns ataques que, se não resultaram em situações perigosas, tiveram o condão de refrear, pelo menos, a nova toada do City.
Mas quando surgiu o primeiro golo, marcado por Kun Aguero por volta dos 60 minutos, já a equipa do Sporting começara a evidenciar um notório decréscimo da capacidade física, mais eidente em Diego Capel e Matias Fernandez, que Ricardo Sá Pinto entendeu substituir por  Jeffrén e Renato Neto. Pouco depois entraria também Carrillo para o lugar do também esgotado Wofswinkel e com estas alterações, o Sporting deixou de ter capacidade de resposta em termos atacantes e recuou no terreno, enquanto o Manchester intensificou a pressão. Aí aconteceo o momento do jogo: Renato Neto na ânsia de impedir a progressão de Aguero, terá entrado sobre o argentino de forma e em local proibido, convidando o árbitro norueguês ao lugar comum a que todos estamos habituados, quando uma poderosa equipa inglesa enfrenta em casa quem lhe complica a vida. E o duvidoso penalty assinalado por Harald Hagen - que ironicamente tinha mostrado na primeira parte um cartão amarelo a Matias por pretensa simulação, num lance em que as dúvidas foram menores -, foi transformado por Balotelli, iam decorridos 73 minutos.
Com pouco mais de 15 minutos de jogo para realizar o City acreditou, o seu público também, enquanto os jogadores do Sporting tremeram. Tanto pelo balanço ofensivo que adivinharam no adversário, como nas forças que começaram a faltar. De facto, depois de uma primeira parte empolgante e grandiosa, que obrigou a um tremendo desgaste físico, depois das sobejamente conhecidas deficiências de preparação física vindas da anterior equipa técnica, depois de um ritmo alucinante de dois jogos por semana no último mês, sofrer dois golos de rajada e ver a eliminatória perigar, não seria nunca o cenário que os jogadores leoninos haviam imaginado ao intervalo.
A equipa do Sporting contudo, sob o comando e incentivo vibrante do seu técnico, uniu-se, cerrou os dentes e decidiu não atirar a toalha ao chão. Mesmo depois de aos 82 minutos Kun Aguero voltar a marcar e faltar apenas um golo aos "citizens" para resolverem a eliminatória, assistimos a um último esforço daqueles leões indomáveis. Pereirinha, sofreu dores inimagináveis com aquela luxação no ombro mas, heroicamente, continuou. A outros companheiros, as caimbras declararam-se, mas ... levantaram-se sabe-se lá como e continuaram A perna direita de Rui Patrício também ameaçou ceder, mas o nosso guarda redes sabia que milhões de olhos estavam em cima dele e que pelo menos três milhões de corações lhe pediam o impossível e ... pouco depois, aí estava o impossível que todos nós lhe pedíramos: aquela fantástica e milagrosa mão direita, negou ao seu homólogo do outro lado o golo que ele já gritava, o golo que mais de 50.000 ingleses no estádio já gritavam, o golo que o próprio locutor português da SIC, Paulo Garcia, também já gritava aos berros "patrioticamente correctos"! Porque a sua pátria não é a língua portuguesa como era de Pessoa, nem é a mesma de muitos milhões de portugueses que saudaram e ficaram felizes com a passagem do Sporting aos 1/4 de final, embora de outras cores no consumo interno ! Dolorosamente, o único desgosto que senti nessa noite mágica !... Ninguém tinha perguntado a cor da camisola de Paulo Garcia, pelo que não havia necessidade de ele a dizer, em tão alto e bom som!!!...
Neste espírito leonino, em absoluta paz e harmonia como hoje se encontra, algumas questões vão ainda bailando e gostava de as deixar aqui, hoje e agora. O que teria feito a equipa do Sporting em Manchester, por Portugal e pelo clube que tão dignamente representou, se a preparação física ministrada desde a pré-época, fosse reflexo da competência técnica que manifestamente nunca existiu?!... O que teria feito, se o egoísmo dos dirigentes de quase todos os clubes domésticos não inviabilizasse sistemáticamente uma marcação de jogos que aliviasse a carga que o calendário internacional impõe?!... E o que teria feito, se a arbitragem portuguesa não pactuasse sistematicamente com a rudeza e violência que quase todos os adversários domésticos mais desprovidos de técnica e classe vão aplicando, jogo após jogo, colocando em risco o desempenho de companheiros de profissão e até as suas carreiras?!...
Incompetência, pequenez, mesquinhez, deficiências de carácter e formação, tudo isso somado ao crime encapotado que grassa despudoradamente no futebol português, estão na base daquilo que o Sporting poderia ter feito e infelizmente não conseguiu fazer. Porém, mesmo com o jogo viciado, cá, lá e pelo caminho, continuaremos a ser o que a nossa história indelevelmente já registou: com esforço, dedicação, devoção e glória!!!...

Leoninamente,
Até à próxima


sexta-feira, 16 de março de 2012

A minha homenagem a Ricardo Sá Pinto !...

Do jornal "O Jogo" on-line, retirei hoje o artigo que reproduzo a seguir. Para memória futura e porque a muitos importará conhecer pormenores apenas ao alcance dos profissionais da imprensa desportiva que tiveram o privilégio de acompanhar "in loco" o comportamento de Ricardo Sá Pinto durante o decorrer do jogo de Manchester.



Sá Pinto não parou de empurrar para a frente

A serenidade e frieza com que antecipou e analisou o jogo com o Manchester City, foram deitadas para trás das costas no comando da equipa a partir do banco durante os noventa minutos: o nervo e a raça pautaram a atuação de Sá Pinto na área técnica, que pareceu proceder a esforço sobre-humano. E por refrear-se e não entrar em campo para ajudar os jogadores a atacar. Na hora do pragmatismo e de defender, aconselhou calma.

"Mexam-se! Corre, corre! Vai! Força! Rápido! Ataca! Olha o Capel na frente! Arranca com a bola Insúa! Bem jogado, bem jogado! Vamos!". As intruções e incentivos de Sá Pinto foram incessantes, intercaladas com palmas e retificações, sempre a empurrar a equipa para a frente, antes de a fazer crescer no sofrimento. Foi o que o técnico teve durante os noventa minutos. Quando a bola estava na posse dos seus homens foi vê-lo a percorrer a área técnica quase ao lado dos pupilos à medida que estes atacavam. Intenso, borrifando-se para o quarto árbitro - o norueguês Brage Sandmoen ficou a falar sozinho muitas vezes - Sá Pinto não parou de empurrar a equipa para o sucesso, cativando a atenção dos jogadores que, sérios, olhavam com atenção para o treinador quando este aproveitava as paragens para corrigir posicionamentos.
Os últimos 30 minutos foram de dificuldades coletivas, e aí foi a altura de ser pragmático e cerrar fileiras na defesa, enquanto os adeptos leoninos entoavam: "Sá Pinto! Sá Pinto!" Já com o tempo a escoar para os da casa rumo ao sucesso verde e branco, o Coração de Leão pediu a calma que lhe faltou durante o jogo. No final, soltou-se o orgulho entre abraços e muita festa.

É assim o nosso "Coração de Leão"!...  Cativa a atenção dos jogadores que, sérios, olham atentamente para o seu treinador quando este aproveita paragens do jogo para corrigir posicionamentos! Atenção, seriedade, respeito, envolvimento, solidariedade, companheirismo, tudo são apanágios de uma nova relação estabelecida entre os atletas e o seu líder. E os sonhos julgados ontem irrealizáveis, permitem à grande nação sportinguista viver a sã alegria do sucesso de hoje e projectam no amanhã o brilhozinho nos olhos que anuncia que os sonhos podem ser realidade.
Acreditar é a palavra de ordem dos adeptos! Porque gostam daquilo que se desnrola perante os seus olhos, porque sentem que a mística e a esperança já não estão só com eles. A onda de esperança e fé parece ter varrido as muralhas  da descrença e curado males de muitos anos de desilusão e conformismo. Ricardo Sá Pinto pode até não conseguir conquistar nada. Mas é irrefutável que já conseguiu conquistar aqueles que lidera, já reúne à sua volta uma multidão bem apreciável de adeptos sportinguistas e porventura há-de querer trabalhar com afinco para conquistar definitivamente aquelas franjas onde ainda reina o cepticismo e a desconfiança. Isso significará a sua realização como profissional e como adepto ferrenho e incondicional que sempre foi do seu grande amor, nunca escondido e sempre exuberantemente manifestado.
Ricardo Sá Pinto parece ter envelhecido neste último mês, como se de vários anos se tratasse a sua missão. Ele vive o Sporting como nenhum de nós e claramente é um homem que muito pouco dormirá. Não me lembro de uma tal devoção à causa leonina, porque dificilmente encontraremos entre todos os leões que idolatrámos, uma tal fixação e total e quase exclusiva entrega. E isso envelhece e coloca marcas profundas no rosto de quem o protagoniza.
Quero aqui deixar hoje, simplesmente, a minha homenagem a Ricardo Sá Pinto!...

Leoninamente,
Até à próxima


O sonho está nos nossos corações !!!...

Ainda estou em transe!... Está a custar voltar à terra e mergulhar de novo  no futebolzinho de "caca" que vamos tendo por cá. Aos "jogos de bastidores" do dirigismo português, aos "alargamentos", à mafia da arbitragem da APAF e aos "autocarros" que escondem a incompetência, o medo e a filosofia barata da miopia de grande parte dos técnicos e dirigentes portugueses. Por isso é que custa voltar à pequenez, quando se sente na boca a agradável sensação de deforntar os grandes da Europa e vencê-los.
O soteio de Nyon não foi a madrasta que muitos adivinhavam. O Metalist de Kharkiv é uma equipa forte sim , mas acessível ao Sporting que ontem eliminou o Manchester City. É um conjunto com um forte toque sul-americano -  6 argentinos e 5 brasileiros -, com uma pincelada vinda dos balcãs e um leve e singular perfume de África. Os restantes elementos nasceram por ali perto e falam a língua que em Portugal já nos habituámos a ouvir no dia a dia, razão porque no dia 29 de Março, Alvalade e a Loja Verde, terão de estar preparados para receber uma alegre invasão de adeptos que, nesta terra, ajudam a construir o nosso futuro e o deles.
Sem a sobranceria com que foi encarado pelos jogadores do Man City, o clube que o sorteio anterior lhes atribuiu, será preciso interiorizar a realidade que nos vem de Leste. Um clube que elimina o Olympiakos, de forma muito parecida com a que o Sporting eliminou os ingleses, não pode nunca ser uma equipa qualquer. O Sporting, se quiser continuar o trajecto fantástico desta temporada na Liga Europa, terá que utilizar exactamente os mesmos trunfos com que despachou os presumidos e excessivamente confiantes jogadores MC.
À medida que a competição avança e os sucessivos degraus vão sendo ultrapassados, a grande nação sportinguista, tem razões mais do que suficientes para acreditar que, afinal, a época pode ser salva e bem salva. E ao sonho que povoa todas as nossas mentes, de conquistar a Taça de Portugal em 20 de Maio, junta-se agora um outro, que a gloriosa jornada de ontem permitiu que pudesse vir também a ser possível. Eu acredito que Ricardo Sá Pinto possa vir a ser feliz, inundando com essa mesma felicidade, a imensa família sportinguista que parece definitivamente conquistada pela sua fé, pelo seu querer, pela sua mística, pela sua convicção e, há que começar a afirmá-lo sem receio, pela sua capacidade técnica.
Uma palavra para os mais de 3 mil adeptos que foram receber e vitoriar o Sporting ao aeroporto!... Cá longe no Norte, senti-me representado por eles! O meu muito obrigado a todos esses homens e mulheres sem sono, que fizeram com que os atletas, técnicos e dirigentes, sentissem que

                                    O Sporting é muito grande !!!...

Leoninamente,
Até à próxima

quinta-feira, 15 de março de 2012

Hoje sou um homem feliz !...

Tão grande como os maiores da Europa !...


Frente a uma taça de espumante da minha Bairrada, venho aqui brindar com todos os sportinguistas e ainda com todos os portugueses que ficaram felizes com a passagem do Sporting aos quartos de final da Liga Europa. À saúde e à alegria de todos, tchim, tchim, por todos os bravos que estiveram em Manchester!...
Entre o golo sublime de Matias Fernandez, a classe de Marat Izmailov de braço dado com o sentido de oportunidade de Ricky van Wolfswinkel, a mão direita de Rui Patrício, os fantásticos esforço, dedicação, devoção e glória de todos os outros que estiveram em campo - jogadores, equipa técnica, corpo médico e dirigentes -, a liderança carismática e redentora de Ricardo Sá Pinto e o apoio comovente e exemplar dos mil adeptos que calaram o Etihad, não sou capaz e recuso estabelecer hierarquias. Todos honraram o clube que representam e são credores da minha e nossa homenagem.
Trazer aqui lugares comuns, em comentários de qualquer índole sobre a página gloriosa que o Sporting hoje escreveu no estádio do Manchester Citty, seria redutor de alegria que sinto neste momento. Quando a emoção der lugar à razão, hei-de tentar dizer algo se for capaz. Agora só há uma coisa importante para mim: o Sporting está nos quartos de final da Liga Europa e não vejo a hora do sorteio que definirá os próximos adversários. E contar-vos o que me vai na alma neste momento, seria tarefa superior à minha capacidade. Apenas uma alegria imensa que nenhumas palavras conseguiriam traduzir.
Saber que amanhã as primeiras páginas de todos os jornais da Europa vão destacar o clube que amo e o desrespeito dos Dzekos e Balotellis, será substituído pela incredulidade e temor dos representantes dos sete clubes que amanhã farão companhia a Robero Severo no sorteio de Nyon, será nesta hora, compensação suficiente para o que já sofri esta época.
Quando o amor é correspondido, qualquer pessoa, homem ou mulher, é feliz. Hoje sou um homem feliz!...

Leoninamente,
Até á próxima

Vamos ganhar a Manchester !!!...


... e quem disse que a Vida se escreve de Bruços ?!... Para ser do Sporting basta saber ... e eu sei-o ... e isso basta-me ...

(Mary B.)


Assim, sem pretensiosismos, comendo uns amendoins - ou serão tremoços? - e empurrando com uma "bjeca", à espera que de Manchester venha uma luzinha, por um buraco aberto no céu, mesmo por cima de Alvalade!...
E julgava eu que o meu sportinguismo era maior que o meu coração. E por isso saltava cá para fora e até era capaz de fusilar um amigo que por desdita tivesse nascido benfiquista. Ou portista. Não, o meu sportinguismo, comparado com o da Mary B. não é tão grande como eu pensava... Pode ser grande, sim senhor, mas o dela é bem maior que o meu.
Para se ser sportinguista ...

... basta ter “inveja” dos apanha bolas e do roupeiro...nem é preciso uma grande massa cefàlica, bons biceps triceps e erhkbfvejlnvkeeqCEPS, nem saber diferenciar o alho do bugalho nem roer as unhas dos pés no banho..

Simples, não acham?!... Mas o melhor ainda está para vir. Aqui fiquei destroçado...



.....bastarà apenas dois ou três alqueires de muita paciência, à voltinha duma fogueira com cheiro a entremeada, com mais treta menos treta, bastará trocar as meias de vidro e o casaco do Vasco Palmeirim e os medos pelos contos de Encantar do Zé Povinho, por uma dose de camaradagem e muita, muita fé (zada!)....basta isto..............lembrar o City como um bom petisco e pensar se o bilhete_viagem_estadia não é mais barato no chinês!!

Fiquei esclarecido! A Mary B. tem razão ! Vamos ganhar a Machester !!!...

Leoninamente,
Até à próxima